Está no ar o Boletim Informativo Especial Formação Nacional Docente Profsaúde - 2024, do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família (Profsaúde). A publicação, juntamente com o site do Programa, é um dos instrumentos de divulgação das ações realizadas pela Rede Profsaúde. O boletim é voltado a todo público interessado na temática da pós-graduação, especialmente docentes, discentes da rede e profissionais da saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde. A edição especial é uma iniciativa desenvolvida pela coordenação do Programa para atender às demandas crescentes por profissionais qualificados e especializados, com foco na Atenção Primária à Saúde (APS), capazes de promover a melhoria dos serviços de saúde e o fortalecimento do SUS através da atenção, educação e gestão.
+Acesse aqui o Boletim Informativo Especial Formação Nacional Docente Rede Profsaúde
A formação docente tem por objetivo ampliar a compreensão, reflexão, bem como sensibilizar os docentes do programa para uma abordagem científico-pedagógica pautada em temas estabelecidos como prioritários e transversais ao curso. A formação foi organizada em dois momentos: a primeira virtual e a segunda presencial.
Formação Docente Virtual: estratégia interativa e acessível para viabilizar a participação da totalidade dos docentes
Durante o período de março a maio de 2024, foram realizados encontros virtuais em parceria com os responsáveis nacionais das disciplinas e convidados externos, por meio da plataforma Zoom, com o objetivo de tornar mais acessível a participação da totalidade dos docentes, visto a abrangência nacional da rede.
Coordenada pela Coordenadora Acadêmica Adjunta Nacional, Carla Pacheco Teixeira, e destinada aos docentes permanentes e colaboradores das 45 instituições de ensino que fazem parte da rede Profsaúde, a Formação Docente se traduziu em uma oportunidade de explorar os interconectados temas, relevantes e multifacetados, que perpassam a saúde da família. Os temas que foram abordados na formação virtual, elencados como prioritários, foram definidos a partir da dinâmica de atualização do material pedagógico, em que os docentes responsáveis pelas disciplinas sugeriram conteúdos considerados essenciais.
Confira abaixo informações sobre temas, datas, convidados e número de participantes de cada um dos encontros realizados:
1° Encontro: Impacto do Racismo na Saúde da População.
Convidado: Marcio Farias.
2º Encontro: Referências da educação na saúde.
Responsáveis Nacionais: Marta Quintanilha Gomes; Elaine Goldfarb Cyrino; e, Maria de Fátima Antero Sousa Machado.
3° Encontro: Existem alternativas ao gerencialismo na Atenção Primária?
Convidada: Lilian Soares Vidal Terra.
4° Encontro: Limites e Possibilidades do Planejamento Municipal do SUS.
Responsável Nacional: Antônio José Costa Cardoso.
5° Encontro: E-SUS - Desafios e Perspectivas.
Convidado: Rodrigo André Cuevas Gaete.
6° Encontro: Abordagem centrada na pessoa.
Convidado: Adelson Guaraci Jantsch.
7° Encontro: Política de Saúde Integral da população negra na prátic.
Convidada: Jaqueline Oliveira Soares.
8° Encontro: Território e Saúde Coletiva.
Convidado: Emerson Elias Merhy.
9° Encontro: Metodologias qualitativas participativas.
Convidado: José Ivo dos Santos Pedrosa.
10° Encontro: Branquitude na Docência em Saúde: dos privilégios raciais às microagressões.
Convidada: Franciéle Garcês.
Formação Nacional Docente: evento presencial
A segunda etapa consistiu em um evento na modalidade presencial, com o intuito de consolidar a meta estabelecida para a turma 5, através de uma programação que dialogou e deu continuidade ao processo desenvolvido na primeira etapa. O evento foi realizado nos dias 16 e 17 de maio de 2024, em Brasília (DF), e contou com a participação de 250 convidados, incluindo coordenadores institucionais, responsáveis nacionais de disciplinas e docentes do Profsaúde, representantes do Ministério da Saúde e da Educação, docentes e discentes da Universidad del Valle (Colômbia) e palestrantes convidados com expertise em cada tema.
A programação do evento incluiu diversos temas atuais e relevantes para a formação docente.
Durante a mesa de abertura, foi destacada a importância do desenvolvimento de iniciativas de formação docente, contemplando a trajetória bem-sucedida do Profsaúde que, com sua proposta inovadora, tem se engajado em movimentos essenciais para a formação no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a capacitação para o Programa Mais Médicos, fortalecendo a Atenção Primária à Saúde (APS) e a área de Saúde Coletiva.
A mesa de abertura foi composta por:
Cristiani Vieira Machado - Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz);
IsabelaCardoso de Matos Pinto - Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS);
Felipe Proenço de Oliveira - Secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS);
Alberto Novaes Ramos Júnior - Coordenador Adjunto de Programas Profissionais (Capes/MEC);
Maria Fabiana Damásio Passos - Diretora da Escola de Governo (Fiocruz/DF);
Deivisson Vianna Dantas dos Santos - Pró-reitor do Profsaúde/Abrasco;
Maria Cristina Rodrigues Guilam - Coordenadora Acadêmica Nacional do Profsaúde;
Carla Pacheco Teixeira - Coordenadora Acadêmica Adjunta Nacional do Profsaúde.
O encontro presencial contou ainda com uma programação diversificada para debater diversos temas:
Conferência de abertura: desafios da formação profissional para o SUS;
Mesa-redonda: formação interprofissional em saúde: perspectivas;
Conferência: qué se dice sobre racismo y salude pública;
Bate-papo sobre o plano pedagógico nacional do Profsaúde;
Conferência: desafios do ensino da pesquisa qualitativa na saúde coletiva;
Mesa-redonda: perspectivas do PMM e a Formação no Profsaúde;
Oficina 1: Avaliação e Monitoramento no âmbito da APS
Oficina 2: Saúde Digital: Perspectivas para os Serviços de Saúde
Oficina 3: Pesquisa-ação
Oficina 4: Racismo y Salud Pública: ¿qué hacer?
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O Profsaúde
O Profsaúde é um programa de pós-graduação stricto sensu em Saúde da Família, apresentado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e aprovado em 2016. O mestrado profissional é oferecido por uma rede nacional constituída de 31 instituições públicas de ensino superior lideradas pela Fiocruz. O programa conta com a retaguarda do Sistema Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), e tem o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação como instituições demandantes e financiadoras.
O Mestrado Profissional em Saúde da Família é uma estratégia de formação que visa à fortalecer a expansão da graduação e pós-graduação no país, bem como a educação permanente de profissionais de saúde com base na consolidação de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em Saúde, à Gestão em Saúde e à Educação. Seu público-alvo são profissionais de saúde, em especial aqueles ligados à Atenção Primária e Saúde da Família, com atuação e/ou interesse em docência/preceptoria. O curso é oferecido na modalidade semipresencial, com momentos presenciais e atividades desenvolvidas à distância.
O objetivo do Profsaúde é formar profissionais de saúde para exercerem atividades de atenção à saúde, docência e preceptoria, produção de conhecimento e gestão em Saúde da Família; fortalecer as atividades educacionais de atenção à saúde, produção do conhecimento e de gestão em Saúde da Famíliá nas diversas regiões do país; além de articular elementos da educação, atenção, gestão e investigação no aprimoramento da Estratégia de Saúde da Família; e ainda estabelecer uma relação integradora entre o serviço, os trabalhadores, os estudantes da área de saúde e os usuários.
Para mais informações, acesse o site do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família (Profsaúde).
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*Com informações do Boletim Informativo Especial Formação Nacional Docente 2024 e Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)
O Observatório do SUS da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) vai promover, no dia 9 de maio, às 9h, a sessão especial Os desafios da Atenção Primária à Saúde no Brasil e as Políticas Nacionais do Ministério da Saúde. O evento será realizado no Auditório Térreo da Escola e contará com transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube.
A conferência será ministrada pelo Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS/MS), Felipe Proenço, com coordenação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp e coordenador do Observatório do SUS, Eduardo Melo.
Na ocasião, também serão apresentados os relatórios técnicos produzidos pelo Observatório do SUS e a Abrasco, que compilam discussões e proposições para o aprimoramento do Sistema Único de Saúde.
O evento tem como público-alvo gestores, estudantes, pesquisadores, profissionais de Saúde, movimentos sociais, professores e demais interessados.
Reserve a data e participe da sessão. Não perca!
O Curso de Especialização em Cuidados Paliativos com Ênfase na Atenção Primária, do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural e do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (Ensp/Fiocruz), realizará o II Simpósio Cuidados Paliativos na APS: Educação em Cuidados Paliativos para o SUS. O evento será no dia 30 de abril, de 9h às 16h30 na sala 410 do prédio principal da Ensp. O simpósio tem como público-alvo profissionais, gestores e estudantes da área da saúde e afins. As inscrições serão realizadas no momento, com entrega de certificado aos presentes.
O simpósio contará com a presença de convidados de diversas instituições, como Hospital Conceição (RS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Instituto Nacional de Câncer (Inca), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto (USP) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Também será possível participar virtualmente, pela plataforma Zoom (ID da reunião: 816 3117 6093 / Senha: 527674).
Depois do sucesso da primeira edição — quase 10 mil inscritos em todo o país — a Fiocruz lança hoje, com conteúdo revisto e ampliado, a segunda edição do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. A formação, online e gratuita, aborda modelos, estratégias e possibilidades de intervenções para a promoção do autocuidado. Assim, tem foco na qualificação de profissionais de nível médio e superior, especialmente os que atuam na APS. Esta edição do curso será oferecida em parceria com a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), buscando ampliar ainda mais o alcance a abrangência da formação.
A formação é dividida em cinco módulos, tem carga horária total de 60h, é autoinstrucional, e certifica os participantes mediante avaliação dos conhecimentos adquiridos!
O curso surgiu de uma demanda do Ministério da Saúde, e foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o grupo de estudos e pesquisa Promoção em comunicação, educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr), vinculado ao Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A nova edição conta ainda com a parceria da UNA-SUS, da Coordenação-Geral de Prevenção de Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, que integra o Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (CGCOC/Deppros/SapsS/MS) e o Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Deges/SGTES/MS). A formação está sob a coordenação-geral da médica sanitarista Ana Luiza Pavão, pesquisadora do Laboratório de Informações em Saúde (Lis/Icict/Fiocruz) e docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (Ppgics/Icict), além de contar com a coordenação adjunta de Rosane Aparecida de Sousa, da UFTM.
Segundo Ana Luiza, o curso estimula o profissional a se questionar, a pensar, durante a assistência cotidiana do trabalho, sobre o que pode fazer para promover a saúde naquele indivíduo atendido. A ideia, segundo ela, é fomentar uma visão focada na saúde e não na doença e suas complicações. "Ao termos uma visão positiva sobre o cuidado, buscamos novas estratégias para melhorar a saúde, com foco na qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, e outros aspectos que influenciam fortemente o dia a dia das pessoas", defendeu ela, destacando ainda que a grande novidade é que nesta edição disponibilizamos também o guia principal sobre Autocuidado e Literacia para a saúde, voltado aos profissionais de saúde, publicado no final de 2023 pela editora do Ministério da Saúde.
A proposta deste curso é trazer uma série de conceitos e reflexões a respeito do autocuidado em saúde e da literacia para a saúde, incluindo também a questão da comunicação em saúde, e a importância da literacia digital em saúde — que é a influência da internet e da capacidade das pessoas de obterem e manejarem informações de saúde provenientes da internet —, além dos fundamentos da promoção da saúde, e da Política Nacional de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.
Para o Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (Deppros/Saps/MS), a proposta do curso é inovadora e estratégica no que diz respeito à operacionalização da gestão colaborativa do cuidado. Acredita-se que a formação possibilita aos cursistas, em especial os profissionais de saúde que atuam na APS, o aprimoramento da abordagem sobre a promoção do autocuidado, com atenção à literacia para a saúde, considerando também os determinantes sociais da saúde e sua relação complexa com a produção de saúde e adoecimento.
"O curso proporciona aos profissionais instrumental técnico que dá ênfase nas habilidades individuais e comunitárias de fazer saúde, fomentando reflexões sobre a atuação na APS, e como os conceitos de território, orientação familiar e comunitária se interrelacionam com o reconhecimento da autonomia e trajetória das pessoas, suas comunidades e pertencimentos. Assim, a partir do curso, o profissional da saúde pode se inserir de forma qualificada em uma relação de cuidado baseada no compartilhamento de decisões. Isso aumenta a probabilidade de adesão ao tratamento e a modos de viver mais saudáveis, fatores fundamentais à melhoria da qualidade de vida e à prevenção das condições crônicas não transmissíveis, com afirmação do direito à vida e à saúde. Trata-se de um convite para pensar a saúde individual de forma ampliada no âmbito da APS, impactando na valorização da pessoa na centralidade do cuidado e de seu autocuidado", detalhou a diretora do Departamento, Gilmara Lúcia dos Santos.
Inúmeros materiais e Recursos Educacionais Abertos
O conceito de literacia para a saúde (LS) versa sobre o conhecimento, as motivações e as competências dos indivíduos para acessar, compreender, avaliar e aplicar informações sobre saúde, a fim de fazer julgamentos e tomar decisões na vida cotidiana relacionadas aos cuidados de saúde, à prevenção de doenças e à promoção da saúde para manter ou melhorar sua qualidade de vida ao longo dos anos. Ana Luiza explicou que a LS vem do termo em inglês health literacy, e que existem outras traduções utilizadas para o conceito, como literacia em saúde, letramento em saúde e até mesmo alfabetização em saúde.
A partir da relevância da temática, foram desenvolvidos inúmeros materiais especialmente para este curso. No total, cinco guias estão disponíveis como material de apoio à formação: um sobre autocuidado e literacia e outros quatro voltados para o manejo de doenças específicas, como hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e diabetes tipo 2. O curso disponibiliza ainda oito vídeos relativos às características das referidas doenças e suas formas de prevenção e controle, videoaulas e outros recursos educativos; além, é claro, do já citado guia principal sobre Autocuidado e Literacia para a saúde publicado pelo MS.
Nesta quinta-feira, 25 de janeiro, o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), vai realizar um encontro virtual com o tema "Método Canguru: Papel das equipes da Atenção Primária à Saúde". O encontro será transmitido a partir das 15h pelo canal do Portal de Boas Práticas no Youtube.
O evento online terá a participação das seguintes especialistas: a médica neonatologista da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e coordenadora do Método Canguru, Zeni Lamy; a psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultora do Método Canguru, Zaira Custódio; e a médica neonatologista do Hospital Universitário Materno Infantil da UFMA e consultora do Método Canguru, Roberta Albuquerque.
Participe, envie suas dúvidas e assista ao vivo no Portal de Boas Práticas IFF/Fiocruz ou pelo canal do Portal de Boas Práticas no Youtube.
O Campus Virtual Fiocruz é uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Além de reunir informações sobre os 50 programas de pós-graduação stricto sensu, cursos de especialização, programas de residência e educação de nível técnica, o CVF também oferece mais de 30 cursos próprios. No ano de 2023, lançamos diversos cursos de capacitação e aprimoramento de profissionais, a fim de contribuir com o Sistema Único de Saúde (SUS). No total, somamos mais de 56.000 inscritos nos cursos online, gratuitos e autoinstrucionais lançados no último ano, alcançando todos os 27 estados e o Distrito Federal, além de 27 países ao redor do mundo. As formações seguem com inscrições abertas e voltadas, em geral, a profissionais de saúde, mas estão abertas ao público. Inscreva-se!
+Confira o catálogo de cursos do Campus Virtual Fiocruz
Covid-19: Manejo da infecção causada pelo novo coronavírus - 2ª edição
Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, a Fiocruz lançou o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EaD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
A primeira edição foi lançada em abril de 2020 e realizada por 60 mil alunos, provenientes de todos os nossos estados, em cerca de 3.200 diferentes cidades, além de participantes de outros países, como Estados Unidos, Argentina, Moçambique, Alemanha e Afeganistão.
Curso Ampara - Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto
O abortamento inseguro é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil, sendo considerado um problema de saúde pública. O tema — cuja discussão envolve um complexo conjunto de aspectos —, é tratado no curso ofertado pela Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), em parceria com a ONG Bloco A: Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto. A formação, com carga horária de 30h, é voltada a profissionais de saúde envolvidos nos cuidados imediatos e abrangentes a mulheres que passaram por essa situação, apresentando ferramentas efetivas para a qualificação dos profissionais na assistência ao abortamento.
Lançado em dezembro de 2023, o curso já conta com mais de 2 mil inscritos em todo o país, além de alunos em países como Canadá, Peru e Itália.
Curso Introdução ao Sistema Único de Saúde (SUS)
O que foi o movimento da reforma sanitária brasileira? A organização da atenção e das vigilâncias em saúde é uma temática do seu interesse? Quais os princípios, diretrizes e condições estruturais do sistema de saúde do nosso país? Se você quer aprender como foi organizado um dos maiores sistemas de saúde públicos do mundo, de caráter gratuito e universal, conheça o novo curso do Campus Virtual Fiocruz: Introdução ao SUS. A formação tem carga horária de 60 horas e é especialmente voltada a profissionais de saúde, gestores públicos, conselheiros de saúde, além de estudantes de pós-graduação e graduação do campo da saúde e outras pessoas que queiram conhecer mais sobre esse sistema. Ele foi desenvolvido com a participação de diferentes unidades da Fiocruz — Ensp, EPSJV, CEE, Fiocruz Minas Gerais e IFF —, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Rede Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, além do apoio do Ministério da Educação (MEC).
Com 11 mil inscritos em 1.555 cidades, a formação é uma das mais procuradas no CVF. Além do Brasil, há também participantes em outros 11 países no mundo.
Febre Maculosa: diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção
Apresentar conceitos básicos sobre a febre maculosa, buscando sensibilizar os profissionais de saúde para um diagnóstico mais ágil e preciso, além de otimizar o tratamento da doença, minimizando o número de óbitos. Esse é o objetivo do curso lançado pelo Campus Virtual Fiocruz em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz): Febre maculosa: diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção. A formação de 20h é online e gratuita.
Até o momento, são mais de 3.500 inscritos nos 27 estados do país, além de alunos em outras 13 cidades de sete países.
Curso Boas Práticas Clínicas: Edição Internacional
O Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) lançam a edição internacional do curso Boas Práticas Clínicas, uma formação online e gratuita. O curso é voltado à capacitação de profissionais já atuantes ou com interesse na área de Pesquisa Clínica e alunos de pós-graduação. A edição internacional diferencia-se por abordar a regulamentação de pesquisa clínica de diferentes nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e nasceu de uma aproximação entre os profissionais do INI e do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) por meio do Projeto Coopbrass da Capes.
Lançado em outubro de 2023, a edição internacional já conta com quase 3 mil inscritos em 11 países, considerando o Brasil.
Estratégia de Disseminação de Larvicida para combate ao mosquito Aedes
Entre a população brasileira, já é senso comum dizer que a melhor forma de prevenir a dengue é evitando a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando especialmente água limpa e parada em lugares abertos. No entanto, apesar da atenção de gestores e a conscientização da população, esse é um dos maiores desafios brasileiros, visto que vivemos em um país permeado pelo calor e a chuva, clima típico dos países tropicais. Buscando qualificar agentes de saúde, estudantes, pesquisadores e profissionais de saúde que atuam ou pretendem atuar no combate aos mosquitos Aedes, o Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) lançam o curso Estratégia de Disseminação de Larvicida para combate ao mosquito Aedes. A formação é online, gratuita, autoinstrucional.
Participação e Controle Social em Saúde Indígena
A tragédia sanitária em territórios indígenas evidenciou o descaso, a desassistência e a violência que essas populações vêm sofrendo, especialmente nos últimos anos. Para além de medidas emergenciais, mobilização de recursos e a coordenação nacional de ações, o acesso à educação e ao conhecimento técnico e científico pelos povos indígenas são estratégias fundamentais para prevenção e enfrentamento das adversidades. Nesse sentido, a Fiocruz Mato Grosso do Sul e o Campus Virtual Fiocruz, em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), lançam o curso, online e gratuito, Participação e controle social em saúde indígena. Seu objetivo é fortalecer a participação social das lideranças e dos conselheiros indígenas nas instâncias formais do controle social do Subsistema de Saúde Indígena (SasiSUS) e do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o maior número de inscritos por região, o Norte concentra a maioria dos participantes, com mais de 800 inscritos. Ao todo, são quase 3 mil alunos no Brasil.
Autocuidado em saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção das doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde (APS)
Como você cuida da sua saúde, e o que faz para mantê-la em níveis saudáveis? Como você avalia, compreende e aplica as informações sobre saúde que recebe ao longo da vida? Essas são questões tratadas no campo da literacia para a saúde e o autocuidado que, a partir de agora, podem ser aprendidas na nova formação, gratuita e online, do Campus Virtual Fiocruz. O curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde é voltado para profissionais de saúde.
Completando um ano em dezembro de 2023, o curso de Autocuidado em saúde já capacitou mais de 8 mil profissionais no Brasil e ao redor do mundo, no Chile, em Angola, nos Estados Unidos e na França.
Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O estigma e o preconceito são realidades cotidianas de grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A discriminação relacionada a condições de saúde acontece inclusive nos serviços de saúde, reforçando a exclusão, e, sobretudo, causa sofrimento e traz enormes desafios à gestão do cuidado. Buscando qualificar e instrumentalizar trabalhadores da saúde para uma atenção inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória, a Fiocruz e o Ministério da Saúde lançam o curso, online e gratuito, Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde.
Com quase 15 mil inscritos, o curso conta com o maior número de participantes dentre todas as formações lançadas em 2023, com inscrições da América Latina, na Argentina e no Paraguai, à Europa, no Reino Unido e na Holanda, à África, em Moçambique e na África do Sul.
Conheça aqui todos os cursos do CVF
*Com informações de Isabela Schincariol
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
O acesso às urgências e atenção hospitalar como questões de direitos humanos serão tema do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp) do dia 8 de novembro. A atividade será às 14h, na sala 410 da Ensp, e haverá transmissão ao vivo pelo canal da Escola no Youtube, além de Tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Coordenado pela pesquisadora do Daps/Ensp/Fiocruz Gisele O'Dwyer, este Ceensp terá como palestrantes Mariana Konder, da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, Marisa Malvestio, da USP, e Mauricio Stedile, do Hospital Federal de Clínicas de Porto Alegre.
Este Ceensp inspira-se no livro recém-publicado ‘Acesso Às Urgências e Atenção Hospitalar: Uma Questão de Direitos Humanos’, escrito pelas médicas Gisele O’dwyer e Mariana Konder. Ao considerar a Política Nacional de Atenção às Urgências, a obra apresenta os componentes da Rede de Urgências com suas especificidades e desafios. O Samu é apresentado como uma componente estruturante da atenção às urgências no país. A Atenção Primária à Saúde é destacada como espaço essencial para acolhimento das urgências de baixo risco. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) representa uma porta de acesso importante, apesar de funcionar para além do seu propósito, evidenciando o fenômeno de “internação” em ambiente pré-hospitalar. O hospital, fundamental componente para atenção às urgências, é apresentado com base no dimensionamento do parque hospitalar brasileiro, considerando estados, regiões e leitos SUS e não SUS.
Os componentes assistenciais são apresentados considerando o referencial dos Direitos Humanos. Apesar do volumoso e extenso investimento nos diversos componentes da Rede de Atenção às Urgências, a experiência dos usuários continua sendo a de acesso limitado, quando não interditado, e de muita luta e sofrimento para terem suas demandas atendidas. A superlotação das emergências hospitalares sintetiza bem esse fenômeno, tornando-se o local em que a violação de direitos é mais intensamente vivenciada pelo usuário. A rede hospitalar encontra-se no centro das respostas para essa experiência, sobretudo porque muito pouco foi feito pelo hospital ao longo de mais de três décadas de desenvolvimento do SUS. E, ainda, as condições do parque hospitalar e do sistema de urgência que, pela precariedade sustentada ao longo dos anos, produzem sistematicamente sofrimento ao paciente, com significativas consequências, como aumento da morbidade e mortalidade. O sofrimento não pode ser banalizado.
Estão abertas as inscrições para o Mestrado Profissional em Atenção Primária à Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). O prazo para se candidatar a uma das 25 vagas na próxima turma é 16 de novembro. Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o curso tem a finalidade de ampliar a qualificação de profissionais e gestores que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS). A formação busca a construção de lideranças, cujos produtos do mestrado possam gerar modelos inovadores de atenção e gestão, aplicáveis não apenas à realidade da cidade, mas que sirvam de inspiração para outros contextos, de modo a fortalecer o Sistema Único de Saúde.
O Mestrado Profissional em APS tem como público-alvo profissionais da área de saúde das seguinte áreas: medicina, enfermagem, farmácia, odontologia, serviço social, psicologia, nutrição, fisioterapia, terapia ocupacional, biologia, biomedicina, fonoaudiologia, educação física e saúde coletiva. Os futuros alunos precisam ter diploma de graduação conferido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC. Além disso, precisam atuar na referida função de nível superior como servidores públicos ou contratados em regime de CLT nas Unidades de Atenção Primária (Clínica da Família e Centro Municipal de Saúde), ou na Coordenação da Área de Planejamento (CAP), áreas e setores técnicos da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
O curso chega a sua sétima edição e tem como objetivo sistematizar o conhecimento técnico-científico produzido na prática dos profissionais de saúde, visando à ampliação e ao desenvolvimento de competências que qualifiquem o trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS) e contribuam para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. A coordenação é das pesquisadoras da Fiocruz Elyne Montenegro Engstrom e Adriana Coser Gutierrez.
Uma conversa sobre o legado civilizatório afro-brasileiro na Saúde. Uma discussão sobre o lugar das plantas medicinais nos terreiros tradicionais. Um debate sobre as possibilidades de contribuição do saber tradicional afro-brasileiro na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). E como os saberes tradicionais se dão na prática em diferentes territórios cariocas, podendo ajudar com a construção de políticas públicas de saúde. As proposições estarão na centralidade do 1º Encontro Saberes Tradicionais, Plantas Medicinais e Saúde: o legado dos territórios tradicionais afro-brasileiros, a ser realizado no dia 15 de setembro, das 9h às 16h, na Tenda da Ciência, na Fiocruz, campus Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ). O evento contará com transmissão simultânea pelo YouTube, no canal da VídeoSaude Fiocruz. Para fazer sua inscrição gratuitamente, basta preencher o formulário.
Organizado pela Comunidade de Práticas de Saberes Tradicionais da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, o encontro reúne profissionais de saúde, integrantes dos territórios tradicionais, pesquisadores e lideranças das religiões de matrizes africanas. O propósito é contribuir com a disseminação e a multiplicação das ações de preservação do patrimônio histórico imaterial, existentes nos territórios tradicionais afro-brasileiros, no que tange à utilização das plantas medicinais.
Ao propor uma roda de práticas dos saberes tradicionais nos territórios cariocas, esta Comunidade de Práticas da IdeiaSUS Fiocruz busca contribuir com a construção de políticas públicas que integrem os saberes que estes territórios têm a ofertar ao SUS, em especial à Atenção Primária à Saúde. Bem como ajuda com o desenvolvimento de pesquisas voltadas ao pleno uso das plantas medicinais utilizadas nos territórios tradicionais afro-brasileiros.
Assista ao encontro:
A gestão da informação qualificada é determinante para a efetividade do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, há alguns anos, vêm sendo desenvolvidos e testados sistemas e estratégias informatizadas de informação e comunicação que apoiem os serviços de saúde e seus municípios, tendo como foco a qualificação do cuidado na Atenção Primária em Saúde (APS). Nesse sentido, durante o XXXVII Congresso do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ocorrido em Goiânia, foi apresentado o projeto Painel e-SUS APS da Fiocruz, um software livre e colaborativo, disponibilizado pelo Campus Virtual Fiocruz como recurso educacional aberto.
A oficina Desenvolvimento colaborativo de Painéis de Informação na APS (com base em software livre), promovida pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), apresentou o projeto Painel e-SUS Atenção Primária à Saúde da Fiocruz como potencial plataforma de colaboração para o desenvolvimento de soluções para o uso da informação por equipes de APS, gerentes de unidades básicas de saúde e coordenação da APS nos municípios e estados.
O Painel e-SUS APS é uma iniciativa coordenada pelo pesquisador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, ligado ao Instituto Gonçalo Moniz (Cidacs/Fiocruz Bahia), Vinícius de Araújo Oliveira, e implantada pelo Campus Virtual Fiocruz, que contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), da Fiocruz Brasília e das Universidades Federais de Ouro Preto e Minas Gerais.
Segundo Vinícius Oliveira, a estratégia e-SUS APS é o caso mais bem-sucedido de transformação digital da Atenção Primária em Saúde no mundo. “Hoje, 89% das unidades estão informatizadas e utilizam um modelo comum de dados. Isso foi possível graças à ideia estabelecida em 2012, quando do lançamento da estratégia, que prospectou a padronização dos dados individualizados de atendimentos e visitas domiciliares em todo o Brasil, englobando tanto o prontuário de referência disponibilizado pelo Ministério da Saúde, o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), como a integração com sistemas próprios utilizados pelos municípios”, detalhou ele.
Contudo, Vinícius apontou que há grande demanda nas diferentes regiões do país para a produção de painéis de indicadores da APS para uso local - uma demanda que é impossível de ser atendida de forma centralizada pelo Ministério da Saúde. Para ele, é preciso garantir a autonomia aos municípios e estados para analisar os próprios dados e adaptar os indicadores à realidade sanitária e de gestão local. "Assim, fomos convidados pela Saps/MS a apresentar uma estratégia de desenvolvimento colaborativo desses painéis, ancorada na Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz para disseminação de Recursos Educacionais Abertos (REA)".
Ele ressaltou ainda que o piloto dessa solução é o Painel Saúde Fiocruz, ganhador do prêmio MIT Solve para APS em 2022, que está hospedado da plataforma Educare. "Durante a oficina, tivemos excelente receptividade do Ministério da Saúde e também por parte dos 15 municípios brasileiros que são pilotos e parceiros do MS na implementação da estratégia digital na Atenção Primária à Saúde, o e-SUS APS, e são os responsáveis por testar as novidades desenvolvidas para o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC).
A partir dessa oficina do Conasems, estabeleceu-se uma intensa agenda de cooperação entre a Saps/MS e a Fiocruz, visando a incorporação do Painel e-SUS APS da Fiocruz como parte fundamental da estratégia e-SUS APS. Foram identificadas, ainda, diversas demandas de formação para profissionais da saúde, voltadas especialmente ao tema das ciências de dados. Está previsto o lançamento de cursos pelo CVF que visem à formação desses profissionais no uso das ferramentas de ciências de dados e na importância do software livre no desenvolvimento de tecnologias para o SUS. O objetivo é fomentar e sustentar o desenvolvimento colaborativo de painéis de indicadores voltados à qualificação da atenção à saúde no SUS. “Seu desenvolvimento será possível com a implantação de um ambiente de colaboração aberto, sediado pelo Campus Virtual Fiocruz, viabilizando a pesquisa e desenvolvimento do Painel e-SUS APS, em parceria com o Ministério da Saúde e todos os interessados nessa pauta nos municípios, estados e distrito federal brasileiros.
De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), o e-SUS Atenção Primária (e-SUS APS) é uma estratégia para reestruturar as informações da Atenção Primária em nível nacional. Esta ação está alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população.
Painel da Atenção Primária à Saúde da Fiocruz
O Painel oferece feedback de desempenho para profissionais de saúde na APS usando dados locais, e conecta-se aos arquivos e bancos de dados locais para extrair essas informações e entregá-las de forma fácil de usar e que faça sentido para os profissionais e gestores de saúde. Neste projeto, toda equipe ou secretaria de saúde interessada pode implementar essa solução, que tem potencial de aplicação em todo Brasil, em qualquer um de seus mais de cinco mil municípios. Depois de instalado, o Painel acessa informações que já estão nos computadores nos quais os profissionais da saúde trabalham diariamente registrando os atendimentos.
O painel pode ser executado em computadores Windows ou Linux criando um ambiente local de ciência de dados baseado em Python, Pandas e Flask, podendo, assim, ser facilmente adaptado a outros cenários por cientistas de dados locais. Os painéis também são pré-renderizados e têm design profissional para serem visualmente atraentes e amigáveis, responsivos e entregar dados instantaneamente. Outro ponto relevante é que a iniciativa foi testada para avaliar seu funcionamento em computadores antigos, com pouca ou nenhuma conectividade com a internet, em cidades de diferentes portes.