Cooperações

Cooperações Sociotécnicas que integram o curso:

Articulação no Semiárido Brasileiro

A ASA, constitui-se em uma rede formada por mais de três mil organizações da sociedade civil de distintas naturezas, sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, ONGs, Oscips. Vem construindo ao longo de mais de 30 anos uma proposta política pedagógica integradora, articulada às discussões sobre a emergência de um novo paradigma de sustentabilidade, a convivência com semiárido. Trata-se de racionalidades contra hegemônicas imbuídas em um projeto político regional, sustentável e adaptado a diversidade e singularidades da região. Tem em sua missão fortalecimento da sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e a convivência com o Semiárido referenciados em valores culturais e de justiça social. Parte da valorização das experiências locais, dos saberes e práticas dos agricultores familiares, das experiências sociais comunitárias que envolvem o acesso à água, a luta pela terra, o fortalecimento da agricultura familiar, a agroecologia, segurança alimentar e a educação contextualizada. Tal perspectiva dialoga com o campo da promoção a saúde e a concepção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis que tem implicações num conhecimento inter e transdiscilplinar, numa abordagem de base territorializada, intersetorial e na articulação de saberes. São conhecidos os resultados do trabalho da articulação da rede ASA na construção de iniciativas adequadas a convivência com o Semiárido, como o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido por meio do Programa Um Milhão de Cisternas  (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Tais iniciativas inclusive foram incorporados e financiadas pelo governo federal desde o ano de 2003 e transformadas em política pública, portanto, com gestão, responsabilidades interfederativas e orçamentos específicos (BRASIL, 2013). Esses programas abrigam tecnologias sociais de captação e armazenamento de água de chuva para consumo humano e para a produção de alimentos, fortalecendo outras iniciativas de convivência com o semiárido brasileiro, como a construção do conhecimento agroecológico; as casas de sementes crioulas; as cooperativas de crédito voltadas para a agricultura familiar e camponesa; os fundos rotativos solidários; a criação animal; a educação contextualizada; o combate à desertificação, dentre outras.

Fórum Piauiense de Convivência com Semiárido
O Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA) é uma articulação que abrange 21 (vinte e uma) organizações da sociedade civil, que atua em prol do desenvolvimento social, econômico, político e cultural do semiárido brasileiro, com atuação no estado do Piauí. Criado em 1990, como Fórum da Seca teve como o objetivo inicial discutir políticas de enfrentamento dessa problemática. Em 1997 a rede foi rearticulada a partir de novas estratégias de atuação na perspectiva da convivência com Semiárido, quando recebeu a denominação de Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido, integrando-se a partir de então a rede ASA. Abrangendo toda região semiárida do estado desde então já construí em articulação com as comunidades e organizações locais diversos projetos envolvendo a implantação de 204 cisterna escolares; 50.337 cisterna para consumo humano;  92 barragem subterrânea; 192 barraguinhas; 897 barreiros Trincheira;  9.870 Cisternas de produção; 57 Banco de sementes; 76 tanques de pedras;  42 bombas populares associadas as cisternas.