Dados Pedagógicos
Justificativa
A qualificação e educação em habilidades digitais possibilita que todas as pessoas possam aproveitar plenamente as oportunidades criadas pela tecnologia, utilizando-as para ajudar a modificar a realidade da sua comunidade e da sociedade, sendo essa a premissa da aplicabilidade da tecnologia social.
A Agenda 2030 remete à necessidade de enfrentar os principais desafios que as pessoas confrontam na atualidade e fortalecer as populações vulneráveis em 17 aspectos, sendo um deles o ODS 10, o qual orienta a redução das desigualdades. Nesta perspectiva, o letramento digital, que é parte da inclusão digital, contribui com a inclusão social, econômica e política de todos ao possibilitar a garantia de acesso aos seus direitos.
A população que habita territórios vulneráveis, como é o caso das favelas, é formada sobretudo por mulheres, muitas declaradas chefes de família, e, portanto, protagonistas e solucionadoras dos problemas familiares de toda ordem. Segundo o Censo Populacional da Maré (2019), realizado pela instituição da sociedade civil Redes da Maré, as mulheres correspondem a 51% da população local, sendo 30,3% das mulheres maiores de 15 anos as responsáveis únicas ou principais pelo domicílio e 19,1% exercem a responsabilidade de forma compartilhada nos demais domicílios.
É conhecido que as mulheres não partilham de igual a igual com os homens no que se refere ao acesso à cultura digital. Neste setor, são repetidos estereótipos sexistas tradicionais, que remetem a mulher ao lar, às compras, à beleza, à saúde e, sobretudo, ao consumo (NATANSOHN et al., 2023).
Neste sentido, o letramento digital de mulheres de comunidade vulneráveis urbanas é uma ferramenta de empoderamento, uma vez que a internet é uma ferramenta que possibilita que as minorias estigmatizadas possam acessar os serviços públicos, os quais estão em plena transformação digital no Brasil, e ganhem voz para conduzir suas próprias narrativas e produzir conteúdo sobre temas que realmente lhe sejam importantes discutir na comunidade (AMARAL, 2019a; TACCHI, 2009).
Ao proporcionar o letramento digital de mulheres do conjunto de 16 favelas da Maré, a partir da preparação de meninas, moradoras dessa comunidade, como facilitadoras e multiplicadoras de habilidades digitais, se espera facilitar o acesso à informação e serviços de programas sociais e de saúde pública, além de emancipar politicamente a comunidade levando a esta o conhecimento sobre as fontes de informações oficiais e confiáveis sobre assuntos políticos e científicos.
Destaca-se a experiência prévia da proponente com projetos de incentivo à participação de meninas em Ciência e Tecnologia, evidenciado pelo Projeto HackGirls, além da participação dos demais membros da equipe em iniciativas voltadas à participação de mulheres na Inovação e Tecnologia, à promoção da saúde e à construção compartilhada de saberes em comunidades, como é o caso do Projeto “Redes, conexões e territórios: espaços colaborativos para promoção da saúde e educação para a cidadania” e IOC Mais Escolas, ambos do IOC/Fiocruz.
Objetivo Geral
Qualificar em letramento digital meninas moradoras do conjunto de 16 favelas da Maré, para que estas possam ser agentes multiplicadoras e auxiliar na qualificação de mulheres da mesma comunidade em habilidades digitais.
Objetivos Educacionais/Aprendizagem
Objetivos Específicos:
• Qualificar meninas estudantes de escolas públicas em ações Instrumentais básicas de hardware; ações interativas em softwares populares e governamentais; comunicação em ambiente virtual e direitos dos usuários; empoderamento feminino para inclusão digital;
• Realizar qualificação básica em letramento digital de mulheres moradoras da Maré, com participação das meninas previamente qualificadas como monitoras e multiplicadoras, de forma a empoderá-las, pluralizando o acesso ao conhecimento básico em habilidades digitais;
• Fortalecer as ações da Fiocruz no território da Maré, em parceria com a Redes da Maré;
• Robustecer o Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS) da Fiocruz, em consonância com o SUS, e observando a Agenda 2030 da ONU, de forma a contribuir com a melhoria da qualidade de vida e a emancipação da população do conjunto de favelas da Maré.
Metodologia
A 1ª etapa da qualificação pretende qualificar 15 meninas, estudantes do ensino médio de escolas públicas e moradoras do conjunto de favelas da Maré, em letramento digital e prepará-las para ajudar na qualificação de mulheres adultas da comunidade. Esta etapa será realizada em 8 aulas de 3h e 30 minutos, totalizando uma carga horária de 30 horas.
Avaliação
Após a qualificação das estudantes será aplicada uma avaliação prática da retenção dos conhecimentos do curso e preparação das meninas para atuarem na monitoria da qualificação de mulheres e posterior multiplicação dos conhecimentos adquiridos para outras mulheres da comunidade.
Pré-requisitos
Para meninas – estar matriculada e cursando o nível médio em escola pública.
Estrutura
A 1ª etapa da qualificação pretende qualificar 15 meninas, estudantes do ensino médio de escolas públicas e moradoras do conjunto de favelas da Maré, em letramento digital e prepará-las para ajudar na qualificação de mulheres adultas da comunidade. Esta etapa será realizada em 8 aulas de 3h e 30 minutos, totalizando uma carga horária de 30 horas.
O conteúdo da qualificação será fundamentado na consolidação de conhecimento básico em:
- Ações Instrumentais, tais como: como usar as funções e atalhos do mouse e das teclas do teclado; conhecer e usar entradas para outras mídias; ligar e desligar o computador; identificar se há internet disponível e opções de conexão; melhorar a imagem do monitor e reconhecer as partes de um computador.
- Ações Interativas com o meio digital, tais como: conhecer e saber acessar as funções dos softwares e aplicativos governamentais SouGov, Meu SUS Digital, Rede Mulher (PM RJ), e-título, Caixa Auxílio Emergencial, Portal da Transparência, SAS IOC e Plataforma da Rede Inova IOC de Educação, Promoção da Saúde e Combate à pobreza (em construção), tanto em computador como em celular; conhecer recursos básicos de navegadores (abrir e fechar guias e páginas, digitar, abrir conta, ler e escrever e-mails; aprender recursos para escrita e segurança no WhatsApp e Facebook no celular).
- Comunicação em ambiente virtual e direitos dos usuários: como se comunicar com respeito em espaços virtuais; códigos e vocabulário utilizados; compreensão sobre direitos autorais; conhecendo os direitos de usuários (termos de uso de redes sociais; liberação de cookies; direito dos usuários; LGPD).
- Empoderamento feminino para inclusão digital: mulheres que criaram ferramentas digitais; o poder da internet na organização e engajamento de mulheres em prol de seus direitos; onde buscar qualificação específica e gratuita de mulheres em Tecnologia da Informação;
- Noções de monitoria em cursos: papel e responsabilidades da monitora; habilidades de comunicação oral e escrita; escuta ativa e empatia; métodos para explicar conceitos complexos de maneira clara; uso de exemplos e analogias; abordagens para resolver dúvidas e questionamentos; gestão do tempo; utilização de recursos disponíveis; estratégias para motivação.
A qualificação e educação em habilidades digitais possibilita que todas as pessoas possam aproveitar plenamente as oportunidades criadas pela tecnologia, utilizando-as para ajudar a modificar a realidade da sua comunidade e da sociedade, sendo essa a premissa da aplicabilidade da tecnologia social.
A Agenda 2030 remete à necessidade de enfrentar os principais desafios que as pessoas confrontam na atualidade e fortalecer as populações vulneráveis em 17 aspectos, sendo um deles o ODS 10, o qual orienta a redução das desigualdades. Nesta perspectiva, o letramento digital, que é parte da inclusão digital, contribui com a inclusão social, econômica e política de todos ao possibilitar a garantia de acesso aos seus direitos.
A população que habita territórios vulneráveis, como é o caso das favelas, é formada sobretudo por mulheres, muitas declaradas chefes de família, e, portanto, protagonistas e solucionadoras dos problemas familiares de toda ordem. Segundo o Censo Populacional da Maré (2019), realizado pela instituição da sociedade civil Redes da Maré, as mulheres correspondem a 51% da população local, sendo 30,3% das mulheres maiores de 15 anos as responsáveis únicas ou principais pelo domicílio e 19,1% exercem a responsabilidade de forma compartilhada nos demais domicílios.
É conhecido que as mulheres não partilham de igual a igual com os homens no que se refere ao acesso à cultura digital. Neste setor, são repetidos estereótipos sexistas tradicionais, que remetem a mulher ao lar, às compras, à beleza, à saúde e, sobretudo, ao consumo (NATANSOHN et al., 2023).
Neste sentido, o letramento digital de mulheres de comunidade vulneráveis urbanas é uma ferramenta de empoderamento, uma vez que a internet é uma ferramenta que possibilita que as minorias estigmatizadas possam acessar os serviços públicos, os quais estão em plena transformação digital no Brasil, e ganhem voz para conduzir suas próprias narrativas e produzir conteúdo sobre temas que realmente lhe sejam importantes discutir na comunidade (AMARAL, 2019a; TACCHI, 2009).
Ao proporcionar o letramento digital de mulheres do conjunto de 16 favelas da Maré, a partir da preparação de meninas, moradoras dessa comunidade, como facilitadoras e multiplicadoras de habilidades digitais, se espera facilitar o acesso à informação e serviços de programas sociais e de saúde pública, além de emancipar politicamente a comunidade levando a esta o conhecimento sobre as fontes de informações oficiais e confiáveis sobre assuntos políticos e científicos.
Destaca-se a experiência prévia da proponente com projetos de incentivo à participação de meninas em Ciência e Tecnologia, evidenciado pelo Projeto HackGirls, além da participação dos demais membros da equipe em iniciativas voltadas à participação de mulheres na Inovação e Tecnologia, à promoção da saúde e à construção compartilhada de saberes em comunidades, como é o caso do Projeto “Redes, conexões e territórios: espaços colaborativos para promoção da saúde e educação para a cidadania” e IOC Mais Escolas, ambos do IOC/Fiocruz.
Objetivo Geral
Qualificar em letramento digital meninas moradoras do conjunto de 16 favelas da Maré, para que estas possam ser agentes multiplicadoras e auxiliar na qualificação de mulheres da mesma comunidade em habilidades digitais.
Objetivos Educacionais/Aprendizagem
Objetivos Específicos:
• Qualificar meninas estudantes de escolas públicas em ações Instrumentais básicas de hardware; ações interativas em softwares populares e governamentais; comunicação em ambiente virtual e direitos dos usuários; empoderamento feminino para inclusão digital;
• Realizar qualificação básica em letramento digital de mulheres moradoras da Maré, com participação das meninas previamente qualificadas como monitoras e multiplicadoras, de forma a empoderá-las, pluralizando o acesso ao conhecimento básico em habilidades digitais;
• Fortalecer as ações da Fiocruz no território da Maré, em parceria com a Redes da Maré;
• Robustecer o Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS) da Fiocruz, em consonância com o SUS, e observando a Agenda 2030 da ONU, de forma a contribuir com a melhoria da qualidade de vida e a emancipação da população do conjunto de favelas da Maré.
Metodologia
A 1ª etapa da qualificação pretende qualificar 15 meninas, estudantes do ensino médio de escolas públicas e moradoras do conjunto de favelas da Maré, em letramento digital e prepará-las para ajudar na qualificação de mulheres adultas da comunidade. Esta etapa será realizada em 8 aulas de 3h e 30 minutos, totalizando uma carga horária de 30 horas.
Avaliação
Após a qualificação das estudantes será aplicada uma avaliação prática da retenção dos conhecimentos do curso e preparação das meninas para atuarem na monitoria da qualificação de mulheres e posterior multiplicação dos conhecimentos adquiridos para outras mulheres da comunidade.
Pré-requisitos
Para meninas – estar matriculada e cursando o nível médio em escola pública.
Estrutura
A 1ª etapa da qualificação pretende qualificar 15 meninas, estudantes do ensino médio de escolas públicas e moradoras do conjunto de favelas da Maré, em letramento digital e prepará-las para ajudar na qualificação de mulheres adultas da comunidade. Esta etapa será realizada em 8 aulas de 3h e 30 minutos, totalizando uma carga horária de 30 horas.
O conteúdo da qualificação será fundamentado na consolidação de conhecimento básico em:
- Ações Instrumentais, tais como: como usar as funções e atalhos do mouse e das teclas do teclado; conhecer e usar entradas para outras mídias; ligar e desligar o computador; identificar se há internet disponível e opções de conexão; melhorar a imagem do monitor e reconhecer as partes de um computador.
- Ações Interativas com o meio digital, tais como: conhecer e saber acessar as funções dos softwares e aplicativos governamentais SouGov, Meu SUS Digital, Rede Mulher (PM RJ), e-título, Caixa Auxílio Emergencial, Portal da Transparência, SAS IOC e Plataforma da Rede Inova IOC de Educação, Promoção da Saúde e Combate à pobreza (em construção), tanto em computador como em celular; conhecer recursos básicos de navegadores (abrir e fechar guias e páginas, digitar, abrir conta, ler e escrever e-mails; aprender recursos para escrita e segurança no WhatsApp e Facebook no celular).
- Comunicação em ambiente virtual e direitos dos usuários: como se comunicar com respeito em espaços virtuais; códigos e vocabulário utilizados; compreensão sobre direitos autorais; conhecendo os direitos de usuários (termos de uso de redes sociais; liberação de cookies; direito dos usuários; LGPD).
- Empoderamento feminino para inclusão digital: mulheres que criaram ferramentas digitais; o poder da internet na organização e engajamento de mulheres em prol de seus direitos; onde buscar qualificação específica e gratuita de mulheres em Tecnologia da Informação;
- Noções de monitoria em cursos: papel e responsabilidades da monitora; habilidades de comunicação oral e escrita; escuta ativa e empatia; métodos para explicar conceitos complexos de maneira clara; uso de exemplos e analogias; abordagens para resolver dúvidas e questionamentos; gestão do tempo; utilização de recursos disponíveis; estratégias para motivação.