Em 2003, grupos comunitários de saúde tiveram acesso às políticas públicas relacionadas à cultura e ao meio ambiente. Naquele momento, esses agentes comunitários de saúde viram a possiblidade de reconhecimento e valorização de suas práticas. Em 2006, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos também passa a dialogar com essas demandas por reconhecimento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). O curso pretende pôr em diálogo essas políticas, tomando como fio condutor da análise e reflexão o processo de patrimonialização dos Saberes e Práticas Tradicionais de Saúde da Rede Fitovida. Busca-se construir um panorama dos processos de Inventário, Registro e Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial de bens registrados pelo IPHAN, com ênfase em sua interdisciplinaridade. A ideia do curso é proporcionar uma visão ampla e integrada da preservação do patrimônio cultural, com foco nos inventários culturais e nas questões relacionadas à salvaguarda dos saberes e práticas de saúde. Para tal, apresenta-se o projeto da Casa da Memória da Rede Fitovida como um estudo de caso do Pós-doutorado. A Casa da Memória da Rede Fitovida, é um centro de referência para os grupos comunitários de saúde articularem ações de salvaguarda sobre seus conhecimentos e práticas relacionados ao uso tradicional das plantas medicinais.