Sobre o curso

O Curso Livre de Agentes Populares de Saúde dos Povos das Águas é uma proposição para desenvolver estratégias com a população da pesca artesanal na perspectiva da vigilância popular em saúde. Ele visa ao estímulo da análise crítica com contexto socioambiental que assola os diversos territórios, bem como busca promover a organização popular em saúde dos povos das águas, subsidiando planejamentos para a superação das vulnerabilidades socioambientais dos povos das águas, como também para a promoção de territórios saudáveis e sustentáveis.

A Fiocruz por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) estabelece em suas metas e planos a indução, articulação e fortalecimento de ações que promovam saúde e sustentabilidade nos territórios, considerando a integração de saberes e práticas sobre a determinação socioambiental da saúde e a integralidade aspiracional da Agenda 2030 da ONU. A VPAAPS coordena o Grupo de Trabalho Saúde dos Povos e das Populações do Campo, Floresta e Águas, criado em 2022 para articular o diálogo com instituições e movimentos sociais visando propor e fortalecer políticas públicas em favor da saúde dos povos e das populações do campo, da floresta e das águas e assim, propor e induzir processos estratégicos na pesquisa, inovação, educação e formação, extensão, comunicação, informação e cooperação relacionados ao tema; contribuir para o fortalecimento dos movimentos sociais.

O curso livre tem o intuito de desenvolver um processo formativo com lideranças e pessoas das comunidades da pesca artesanal do litoral da Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco, voltado para vigilância popular em saúde dos territórios, visando mobilizar, organizar e formar lideranças comunitárias, na modalidade presencial, para atuarem como Agentes Populares de Saúde das Águas.

A formação é continuidade do projeto iniciado em 2022 "Desastre do petróleo e saúde dos povos das águas". Estas turmas têm financiamento mediante acordo de cooperação técnica "Formação-ação em saúde e ambiente em territórios da pesca artesanal no litoral nordestino" firmado entre o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE) e o Ministério da Pesca e Aquicultura, e do projeto "Análise da determinação social da saúde de comunidades da pesca artesanal para o fortalecimento da Política de Saúde Integral das Populações do Campo, Florestas e Águas" (Rede Diversidade e Equidade/PMA - Fiocruz).