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Publicado em 11/11/2021

Jogo digital da Fiocruz sobre lavagem das mãos é premiado

Autor(a): 
Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)*

O jogo Hiji Sushi foi o vencedor da categoria de jogos digitais do Concurso Rebeldias, promovido pela Rede Brasileira de Estudos Lúdicos (Rebel). Idealizado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e desenvolvido no âmbito do edital de Recursos Comunicacionais (jogos e aplicativos móveis) - uma iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação - o jogo busca, de forma lúdica, promover a conscientização sobre a importância da lavagem das mãos e a forma correta de executar o procedimento, medida fundamental para prevenir a transmissão de doenças, especialmente nestes tempos de pandemia mundial. 

Acesse o jogo online no site o IOC/Fiocruz  ou faça o download gratuito do material na Plataforma Educare - o ecossistema digital da Fiocruz que reúne centenas de Recursos Educacionais Abertos (REA) 

A higienização adequada inclui, além do uso de água e sabão, uma série de movimentos que tem por objetivo cobrir todas as partes das mãos. O jogo Hiji Sushi é voltado especialmente para profissionais da saúde e profissionais que trabalham com a manipulação de alimentos, como os sushimans, por exemplo, mas é livre e pode ser acessado por todos os interessados no tema.

O desafio trazido pelo jogo se desenvolve no cenário de um restaurante de culinária japonesa, onde o jogador deve preparar refeições com rapidez, sem se descuidar de lavar as mão frequentemente e de maneira completa.

O resultado da premiação foi anunciado durante a 8° edição do Fórum Acadêmico de Estudos Lúdicos (Fael 8), em outubro de 2021. O projeto foi desenvolvido pelos pesquisadores Tânia Zaverucha do Valle, do Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia, e Gabriel Limaverde Sousa, do Laboratório de Esquistossomose Experimental, em parceria com Thiago Santos Magalhães, responsável pelo design e programação. A iniciativa contou ainda com a colaboração de Rafael Augusto Ribeiro e Beatriz de Lima Furtado, responsáveis pela arte.

*com informações de Isabela Schincariol

Publicado em 27/09/2021

Campus Virtual Fiocruz completa 5 anos com crescimento exponencial e alcance internacional

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Em meio a esforços de produção, superação e adaptação, o Campus Virtual Fiocruz completa cinco anos de atividades mais vigoroso, robusto e potente. Até setembro de 2021, somamos mais de 350 mil alunos inscritos em cursos disponíveis na nossa plataforma, quase 70 mil novos alunos só este ano. Entre os mais procurados estão nossos cursos próprios, produzidos e publicados em caráter de urgência, como “Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos” - lançado no âmbito da imunização contra a Covid-19 no país -, que contabiliza mais de 38 mil inscritos provenientes de 37 diferentes países. Setembro é também o mês de aniversário da Plataforma Educare, que, em 2021, completa dois anos. Com significativo crescimento durante a pandemia, atualmente o ecossistema Educare conta com quase 800 recursos educacionais abertos (REA), como cursos completos, vídeos, áudios, apresentações, exercícios, jogos e outras iniciativas voltadas ao aprendizado e compartilhamento do conhecimento. Todos disponíveis em acesso aberto. 

A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, ressalta que em cinco anos o CVF cresceu muito e enfrentou, nesse curto tempo, uma pandemia mundial que impôs também diferentes formas de trabalho e metodologias que tiveram que ser reinventadas. “Há dois anos, nossos planos eram investir na disseminação do Educare, nossa plataforma de REA, criada em 23 de setembro de 2019, e no novo Portal do CVF. Com a pandemia, nosso foco mudou e passamos a usar o Educare para publicar os REA utilizados em cursos, e desenvolvemos diferentes materiais. Nesse cenário, toda a equipe se voltou ao desenvolvimento de cursos autoinstrucionais voltados à capacitação de profissionais de saúde, em diferentes aspectos da Covid-19. Foram diversos cursos produzidos na modalidade à distância para formação em escala (Mooc). Além dos quase 350 mil inscritos, tivemos milhões de usuários acessando nossas plataformas, acompanhando os cursos abertos e baixando os materiais”, descreveu ela.

Ana falou ainda sobre as necessidades e urgências trazidas pela pandemia. Ela acredita que a Educação a Distância, o ensino remoto e as plataformas virtuais foram fundamentais para responder aos novos desafios impostos, permitindo que a Fiocruz, nos diferentes níveis de educação que oferece e público que abarca, “continuasse cumprindo sua missão na educação permanente e na formação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, coube ao Campus Virtual auxiliar neste processo. Asseguro que seguiremos nessa grande empreitada, que é o compartilhamento de conhecimentos qualificados para profissionais e a população.   

Educare fortalece o acesso e o compartilhamento de informações em saúde

A coordenadora adjunta do CVF e responsável pela iniciativa Educare, Rosane Mendes, lembrou que, entre os recursos educacionais abertos (REA) disponíveis na Plataforma, cerca de 300 deles estão relacionados ao tema da Covid-19. Até setembro de 2021, a Plataforma já acumula quase 150 mil visitas e quase seis mil downloads de arquivos desde seu lançamento. Todo o acervo é indexado através do vocabulário estruturado e trilíngue Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), que, 28/9, completará 35 anos. Ele possibilita maior facilidade e ampliação no acesso à informação em saúde na América Latina e Caribe.

“Temos a meta de alcançar o registro de mil Recursos Educacionais Abertos até o final deste ano em nossa Plataforma. Destaco ainda que, até o final de 2021, o Educare disponibilizará aos colaboradores da Fiocruz uma ferramenta de autoria própria, que possibilitará a criação de slides e apresentações on-line com recursos de interação com o público e novas funcionalidades e templates para construção de conteúdos multimídia”, detalhou Rosane. 

 

Imagem: base/fundo Freepik

Publicado em 23/09/2020

Educare: Plataforma de produção e compartilhamento de recursos educacionais completa 1° ano de atividades

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

O coronavírus trouxe uma situação inimaginável aos países. Pesquisadores de todo o mundo trabalham em solidariedade na busca por uma vacina ou remédio eficaz contra a Covid-19. Na área da educação, adaptações urgentes foram adotadas por instituições, docentes e alunos para a continuidade das ações de ensino. Os recursos educacionais abertos tornaram-se as principais ferramentas neste momento de isolamento social. Esse espírito de colaboração, criação e diálogo é também o que rege o ecossistema digital Educare, plataforma online da Fiocruz, que completa, em 23 de setembro, seu primeiro aniversário.

Em um ano de atividade, o Educare recebeu 15 mil acessos e mais de 400 aulas, cursos completos, vídeos, áudios, apresentações, jogos e outros recursos voltados ao aprendizado e compartilhamento do conhecimento, facilitando, assim, as oportunidades de aprendizagem de forma ampla e irrestrita, atingindo usuários que não teriam outras formas de acesso. O ecossistema digital é um espaço que integra as diferentes etapas do ciclo de vida dos Recursos Educacionais (produção, gestão, compartilhamento, recuperação, rastreabilidade e avaliação).

Nela, é possível acessar o acervo de materiais produzidos pela Fundação, bem como recursos educacionais desenvolvidos por parceiros institucionais através de diferentes redes, tais como o Campus Virtual de Saúde Pública, da Organização Pan-Americana de Saúde (CVSP/Opas/OMS), a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS/MS) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme/Opas). A Plataforma permite ainda criar recursos e compartilhá-los em redes sociais, sendo de grande utilidade a docentes e discentes em suas pesquisas e aulas. A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, ressaltou que, logo no início da pandemia, o CVF criou uma área para organizar o acervo sobre a Covid-19, facilitando a busca de docentes, alunos e outros usuários interessados no tema. A área já soma quase 80 recursos apenas sobre o novo coronavírus.     

Segundo a responsável pela iniciativa Educare, Rosane Mendes, que é coordenadora adjunta do Campus Virtual Fiocruz, desde seu lançamento, a plataforma recebeu diversas atualizações e novas funcionalidades importantes para a consolidação das práticas de Educação Aberta na instituição. “Além de fornecer um ambiente para busca, depósito e divulgação dos materiais educacionais, hoje, a plataforma oferece uma ferramenta de autoria para auxiliar os “educadores” a criar exercícios, aulas e outras atividades que podem ser utilizadas durante suas aulas ou ainda incorporadas em cursos online”, descreveu ela.

Rosane detalhou ainda outras funcionalidades do Educare, como a lista de recursos educacionais favoritos, que pode ser criada pelos usuários, além da avaliação de recursos já existentes, o compartilhamento dos mesmos nas redes sociais e o monitoramento, uso e download de seus objetos educacionais já armazenados na Plataforma.

Recursos Educacionais Abertos na Fiocruz

A plataforma Educare tem base no movimento em prol dos Recursos Educacionais Abertos (REA), que ancora-se no direito universal de acessar uma educação de alta qualidade. Além disso, a educação também está no centro da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, como aponta a Constituição Federal brasileira, de 1988. Ciente da relevância da Educação aberta, em 2014, a Fiocruz instituiu sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, visando garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda sua obra intelectual. Com isso, propôs a adoção e construção de plataformas que incentivem o desenvolvimento colaborativo e o compartilhamento de conhecimento.

Nesse movimento, em 2016, criou o Campus Virtual Fiocruz, cujo objetivo é integrar suas iniciativas na área de Ensino, e disponibilizar Plataformas Educacionais que colaborem com os princípios do acesso aberto, tais como o Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle – um ambiente para os seus cursos online aberto e massivo (Mooc - Massive Open Online Course, na sigla em inglês) –, e o Educare – Ecossistema de Recursos Educacionais.

Inscreva-se nos cursos sobre Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz

Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA) são temas de cursos online e gratuitos, desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz. Eles são compostos de oito cursos independentes entre si e fazem parte da Formação Modular sobre Ciência Aberta. Eles contam também com conteúdos remixados de parceiros do Campus, como a Iniciativa Educação Aberta, com várias ações e militância no campo do acesso aberto a recursos educacionais.

Educação Aberta (10h)Inscrições abertas

  • Aula 1: Educação e Compromisso Social
  • Aula 2: Educação Aberta: O que significa 'aberto' em educação?
  • Aula 3: A Educação Aberta na Fiocruz
  • Aula 4: Educação aberta e Educação a Distância: modelos, desafios e perspectivas

Recursos Educacionais Abertos (10h)  Inscrições abertas

  • Aula 1: O que são Recursos educacionais Abertos
  • Aula 2: Como criar REA?
  • Aula 3: Como encontrar, usar e compartilhar REA
  • Aula 4: Monitoramento e avaliação da qualidade de REA

Formação Modular em Ciência Aberta é uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz, a Escola Corporativa Fiocruz, a Universidade do Minho (Portugal) e o Campus Virtual Fiocruz. Os cursos são independentes entre si. Portanto, podem ser cursados da maneira que for mais conveniente aos participantes. A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem o certificado de conclusão de acordo com os critérios de aprovação. 

Publicado em 12/06/2020

Higienização das mãos é foco em jogo de simulação de culinária japonesa

Autor(a): 
Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)*

Uma das principais estratégias para prevenir a infecção pelo novo coronavírus é lavar as mãos corretamente. A medida simples e eficiente também contribui para combater diversas doenças provocadas por microrganismos, como gripe, diarreia e hepatite A. Pensando nisso, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desenvolveram um jogo, para promover a conscientização sobre a prática da lavagem das mãos, de forma lúdica. O projeto foi contemplado pelo edital de Recursos Comunicacionais (jogos e aplicativos móveis), iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação.

A higienização adequada inclui, além do uso de água e sabão, uma série de movimentos que tem por objetivo cobrir todas as partes das mãos. O jogo Hiji Sushi é voltado especialmente para profissionais da saúde e profissionais que trabalham com a manipulação de alimentos, como os sushimans, por exemplo, mas é livre e pode ser acessado por todos os interessados no tema.

Os pesquisadores Tânia Zaverucha do Valle, do Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia, e Gabriel Limaverde Sousa, do Laboratório de Esquistossomose Experimental do IOC, ambos do IOC/Fiocruz, são os idealizadores da iniciativa. Eles alertam que descuidar do hábito, que deveria ser instintivo, pode causar danos à saúde. "Desenvolvemos um jogo eletrônico que reúne diversão e informação em saúde. Além de lavar as mãos corretamente, a ideia é lembrar que é preciso limpá-las regularmente, estimulando bons hábitos", explicou Tânia. Segundo ela, o jogo mostra que, para preparar as refeições de maneira contínua e sem causar mal a ninguém, é necessário higienizar bem as mãos. Gabriel ressaltou que uma das consequências ao esquecer disso, por exemplo, é a intoxicação dos 'clientes' do restaurante". A elaboração do jogo contou também com a colaboração de Thiago Santos Magalhães, responsável pelo design e programação, Rafael Augusto Ribeiro e Beatriz de Lima Furtado, responsáveis pela arte.

O material pode ser acessado online na Plataforma Educare, espaço para a educação aberta criado pela Fiocruz, e está disponível para download gratuito.

Iniciativas comunicacionais e educacionais em saúde

O material educativo foi desenvolvido ao longo de 2019 com o apoio do edital para Recursos Comunicacionais (jogos e aplicativos móveis). Na ocasião, também foi lançado um edital voltado aos recursos educacionais abertos (REA). O objetivo de ambos foi fortalecer projetos de excelência conduzidos pela da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), que desenvolve ações para contemplar os vários níveis de educação e fortalecer as diversas modalidades, como a educação a distância. Nos editais, foram inscritos jogos, livros e produtos informativos sobre importantes temas para a saúde pública, tais como: conscientização sobre os impactos do uso de drogas, juventude e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), entre outros.

Em breve, novos recursos contemplados nos editais serão divulgados. 

*Com informações de Isabela Schincariol.

Publicado em 14/04/2020

Dia Mundial da Doença de Chagas: biografia de Carlos Chagas é relançada em formato digital

Autor(a): 
Marcella Vieira (Editora Fiocruz), com informações de IOC/Fiocruz e AFN

Em meio à maior emergência sanitária global dos últimos tempos, uma data especial destaca e enaltece um marco da ciência brasileira para todo o mundo: 14 de abril de 2020 será, oficialmente, o primeiro Dia Mundial da Doença de Chagas. Para celebrar a importância da data para a pesquisa científica do Brasil e, especialmente, para a Fiocruz, o livro Carlos Chagas: um cientista do Brasil está sendo relançado pela Editora Fiocruz em formato digital – e em acesso aberto – na plataforma SciELO Livros. Clique aqui para fazer o download

Para complementar a leitura, a plataforma Educare disponibiliza um vídeo sobre a transição epidemiológica da doença de Chagas e o impacto desta transição na saúde da população brasileira. Datado de 2009, o recurso educacional é uma produção do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Clique aqui para acessar o vídeo.

Mais sobre o livro 'Carlos Chagas: um cientista do Brasil'

De autoria de Simone Petraglia Kropf e Aline Lopes de Lacerda, pesquisadoras da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), a edição bilíngue (português/inglês) do livro foi lançada em 2009, como parte das comemorações do centenário do anúncio da descoberta da doença de Chagas. No mesmo ano, a Editora Fiocruz também lançou os títulos Doença de Chagas, Doença do Brasil: ciência, saúde e nação, 1909 – 1962 (coleção História e Saúde) e Clássicos em Doença de Chagas: histórias e perspectivas no centenário da descoberta

Fruto de ampla pesquisa por parte das autoras, o álbum reúne um conjunto iconográfico singular e uma compilação dos mais expressivos documentos relativos à vida e à obra do médico sanitarista. Uma trajetória biográfica repleta de imagens e arquivos do cientista, contemplando capítulos sobre sua infância, sua formação médica e sua atuação como pesquisador, professor, diretor do Instituto Oswaldo Cruz e gestor na área de saúde pública federal. 

Em 2010, o livro foi finalista do Prêmio Jabuti, maior reconhecimento literário do país, na categoria Biografia. Uma nomeação de prestígio a uma obra que esmiuçou o percurso de um pioneiro da ciência nacional e que agora está inteiramente disponível em versão digital. “A iniciativa da Editora Fiocruz de disponibilizar, em acesso aberto, o livro sobre Carlos Chagas representa uma grande alegria. Ela vem ao encontro da minha convicção de que a ciência deve ir muito além da academia e dos laboratórios, deve estar sempre no mundo, compartilhada com os mais diversos grupos da sociedade”, comemora a autora Simone Kropf, professora do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS/COC/Fiocruz).    

A biografia reflete ainda sobre os muitos títulos e premiações do cientista e sua importância para a continuidade das pesquisas sobre doenças associadas à pobreza em países tidos como periféricos. "O maior legado de Carlos Chagas é a visão de que a ciência deve atender às demandas da sociedade (no caso, a saúde pública) e que cabe ao Estado brasileiro garanti-la e promovê-la", destacou Kropf em 2019, na ocasião das comemorações pelos 110 anos da descoberta da doença de Chagas. 

Doença de Chagas no calendário oficial da OMS

A resolução que instituiu o Dia Mundial da Doença de Chagas foi aprovada no ano passado, durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde – que reúne delegações de todos os estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) –, em Genebra, na Suíça. A decisão ocorreu em data emblemática para a Fiocruz: 24 de maio, véspera do aniversário de 119 anos da instituição. 

A presidente Nísia Trindade Lima participou da comitiva que representou o Brasil na cerimônia e comunicou, logo após a aprovação, a notícia para toda a comunidade da Fiocruz. “Sabemos o sentido histórico e contemporâneo que tem essa decisão. Trata-se de quebrar o silêncio em relação a um importante problema de saúde pública. Vai muito além da mais do que merecida homenagem ao grande cientista Carlos Chagas, referência para a ciência voltada à saúde pública em todo o mundo. Essa declaração institui o dia em que foi identifica pela primeira vez, clinicamente, a Doença de Chagas. Por isso, é tão significativa: trata-se de lidar não só com uma doença negligenciada, mas com populações negligenciadas”, enalteceu Nísia.   

14 de abril de 1909 marca o dia em que Carlos Chagas identificou, pela primeira vez, o parasito Trypanosoma cruzi, causador da infecção, em uma paciente: Berenice, de dois anos, moradora da área rural de Lassance, em Minas Gerais. Dias depois, em 22 de abril, Oswaldo Cruz anunciava à Academia Nacional de Medicina que o então jovem pesquisador Chagas (assistente do Instituto que levava o nome do patrono da Fiocruz) havia descoberto o protozoário no sangue da menina.
 
Além de caracterizar o agente causador e o conjunto de sintomas, Carlos Chagas identificou o inseto transmissor: o triatomíneo, popularmente conhecido como barbeiro. A descrição do ciclo da doença de Chagas foi um dos feitos mais emblemáticos da ciência brasileira. E esse marco foi amplamente reconhecido pela resolução da OMS, que inseriu o Dia Mundial da Doença de Chagas em seu exclusivo calendário anual de campanhas mundiais. Agora, a data especial está ao lado de, entre outras, Dia Mundial da Saúde e Dia Mundial da Luta Contra a Malária, ambos também em abril, Dia Mundial sem Tabaco, em maio, e Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro.
 
Mesmo em meio ao seu maior desafio, a pandemia do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde reforça a importância da data em seu calendário. Em seu site, o órgão destaca, nas páginas Dia Mundial da Doença de Chagas e Celebrando o Dia Mundial da Doença de Chagas pela primeira vez em 2020, que o objetivo do 14 de abril é aumentar a visibilidade e a conscientização do público sobre a doença, além dos recursos necessários para a prevenção, o controle e a erradicação. A OMS enaltece também os feitos de Carlos Chagas, reconhecendo a importância da ciência brasileira para a descoberta da enfermidade. 

A data não poderia estar descontextualizada da atual crise sanitária causada pela Covid-19. “Viver o Dia Mundial da Doença de Chagas em meio à pandemia assume um sentido muito especial e dramático. É um convite a que lembremos de Carlos Chagas não apenas como um grande nome da ciência, mas como exemplo de um cientista que sempre aliou conhecimento de ponta a compromisso com a saúde da população”, pontua Simone Kropf.   

Doença de Chagas, doença do Brasil

Classificada como uma das principais doenças negligenciadas (tidas como endêmicas em populações em situação de baixa renda), a doença de Chagas continua sendo uma enfermidade crítica em diversas áreas do Brasil e do mundo, sobretudo pelo problema da subnotificação. Apesar dos muitos avanços no diagnóstico e no tratamento, ela continua a apresentar altos números. Dados da OMS indicam que, em todos os países das Américas, de seis a sete milhões de pessoas vivem com Chagas, sendo que a maioria não sabe que está infectada, dificultando políticas públicas para o pleno combate à doença e à proliferação do transmissor.

Ainda de acordo com o órgão, 65 milhões vivem com risco de contrair a infecção. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estudos recentes mostram que há entre 1,9 milhões e 4,6 milhões de pessoas infectadas pelo T. cruzi – sendo a grande maioria portadores crônicos – e a doença de Chagas é uma das quatro maiores causas de morte por agravos infecciosos e parasitários. Por muito tempo, a enfermidade foi restrita às áreas mais pobres da América Latina. “Carlos Chagas, em 1926, afirmou que a doença de Chagas era a doença do Brasil. Um país que esquecia as populações dos sertões. E é isso que vem à mente quando estamos juntos nesse dia histórico. Hoje, quando se fala no mote da Agenda 2030 [da ONU], que é o ‘de ninguém deixado para trás’, é muito importante olhar para a prevenção e para o tratamento em doença de Chagas”, afirmou Nísia logo após o anúncio da OMS.
          
Nas últimas décadas, porém, o agravo se espalhou para outros continentes, com casos registrados nos Estados Unidos, Canadá e diversos países da Europa, além de Austrália e Japão. Associada principalmente às migrações humanas, a disseminação da enfermidade é tida pela própria OMS como um “problema de saúde global”.

Kropf ressalta que, diante da crise do novo coronavírus, é importante lembrar a atuação de Carlos Chagas em outra pandemia que sobressaltou o mundo: a gripe espanhola. “Em 1918, já como diretor do Instituto Oswaldo Cruz, Chagas foi incumbido de organizar serviços especiais de atendimento aos acometidos pela epidemia de gripe espanhola no Rio de Janeiro, como hospitais emergenciais e postos de consulta. Sua atuação nesta frente seria decisiva para sua nomeação, em 1919, como diretor dos serviços federais de saúde”, explica a autora. 

Em meio ao enorme desafio atual, no qual a Fiocruz desempenha, segundo a própria OMS, papel central no combate à Covid-19 nas Américas, celebrar o Dia Mundial da Doença de Chagas a pouco mais de um mês para o seu aniversário de 120 anos é mais uma valorização da excelência científica da instituição. “É um dia para lembrar do passado, com os olhos no presente e no futuro”, ressalta Simone Kropf. Para a pesquisadora, reconhecer o legado de Chagas é essencial na atual conjuntura. “Neste 14 de abril, esperamos que Carlos Chagas seja visto nos rostos de todos os cientistas e profissionais de saúde que, hoje, lutam bravamente para produzir conhecimentos e ações para enfrentar a emergência sanitária global. Que ele seja reconhecido em todos os que defendem e constroem políticas públicas de saúde”, finaliza. 

Leia na íntegra o depoimento de Simone Kropf sobre o Dia Mundial da Doença de Chagas e o relançamento do livro em formato digital.

Publicado em 18/03/2020

Campus Virtual Fiocruz lança Guia de Tecnologias Educacionais para facilitar atividades na pandemia

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

A pandemia do novo coronavírus vem mostrando a importância cada vez maior do uso das tecnologias digitais por toda a sociedade. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dispõe de diversas plataformas no campo da educação, informação e comunicação em saúde – que neste momento de crise da saúde pública internacional assumem um papel central para que informações confiáveis e com base em evidências científicas circulem nas redes.

Para que professores, alunos e outros profissionais do ensino possam continuar realizando suas atividades, o Campus Virtual Fiocruz produziu o Guia de Utilização de Tecnologias Educacionais, como explica a coordenadora da iniciativa, Ana Furniel. “Criamos este espaço web como parte das ações de mobilização de toda a instituição para diminuir os impactos da pandemia. Neste momento é ainda mais importante incentivar as aulas virtuais e oferecer alternativas para garantir que os professores e alunos consigam manter suas atividades. Do contrário teremos problemas com a agenda educativa”.

No guia, estão disponíveis informações sobre como solicitar Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle), cadastrar aulas no Educare, transmitir aulas por webconferências e transmitir defesas de teses e dissertações. Quem acessar o hotsite também vai encontrar tutoriais sobre videoaulas e ferramentas disponíveis para chats, reuniões por vídeo, compartilhamento de telas, gravação das sessões, entre outras.

Acesse aqui o Guia de Utilização de Tecnologias Educacionais.

Mais ações no campo da educação na Fiocruz

O Guia se insere num conjunto de ações que a Vice-presidência de Educação, Informação e Educação tem adotado, desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia, e das diretrizes das autoridades brasileiras, lembra a coordenadora geral da Educação, Cristina Guilam. “Temos trabalhado de forma bastante articulada às diretrizes e orientações do Ministério da Saúde. Além das orientações gerais do Plano de Contingência da Fiocruz, organizamos um conjunto de Orientações Complementares para os Programas de Pós-Graduação Stricto sensu e os cursos Lato sensu, que devem ser adaptadas por cada unidade”.

Entre as medidas que devem ser adotadas estão a suspensão de aulas presenciais em locais com transmissão comunitária e número expressivo ou crescente de casos, que devem ser substituídas, sempre que possível, por atividades remotas.

Publicado em 26/11/2019

Câmara Técnica de Educação da Fiocruz: confira a ata e as apresentações de out/2019

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Nos dias 16 e 17 de outubro de 2019 realizou-se, no Rio de Janeiro, a reunião da Câmara Técnica de Educação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com a participação de 77 pessoas, o encontro teve a pós-graduação como tema principal. Os participantes debateram sobre pós no Brasil e na Fiocruz, autoavaliação, avaliação institucional, plano de desenvolvimento, acompanhamento de egressos e política de atenção ao estudante. Ao final da reunião, foi apresentada a nova plataforma da educação aberta na Fiocruz, Educare.

Confira, abaixo, a ata e as apresentações da Câmara Técnica de Educação, também disponíveis na área de documentos do Campus Virtual Fiocruz:

Ata da Câmara Técnica de Educação (16 e 17 de outubro de 2019)
• Cenários e perspectivas da pós-graduação no Brasil e na Fiocruz
• A pós-graduação no Brasil
• Autoavaliação da pós-graduação Stricto sensu
• Oficinas de planejamento da avaliação da pós-graduação
• Evolução regulatória da avaliação institucional na educação superior
• Plano de Desenvolvimento Institucional da Fiocruz 2021-2025
• Sistema de Acompanhamento de Egressos
• Centro de Apoio ao Discente: Política de Atenção ao Estudante
• Educare, a plataforma de recursos educacionais abertos da Fiocruz

Publicado em 24/09/2019

Fiocruz lança Educare, novo espaço para educação aberta

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

A Fiocruz lançou nesta segunda-feira (23/9) um novo espaço para a educação aberta na instituição: o Educare. A plataforma foi concebida como um ecossistema digital que oferece soluções para armazenar, disponibilizar e garantir o acesso de recursos educacionais abertos (REA) a toda sociedade. Desenvolvido pela equipe do Campus Virtual Fiocruz, o Educare contou com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que participou do lançamento do Educare, disse que o projeto é de excelente qualidade, apresenta amplos recursos tecnológicos e lembrou que a educação e a ciência abertas são direitos garantidos que devem ser aprimorados. “Assim também conseguiremos unir, de maneira mais eficaz, pesquisadores e instituições”. Nísia também pediu aos presentes que fizessem um minuto de silêncio em função do assassinato, no sábado (21/9), da menina Ágatha Felix, de 8 anos, mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro. “Não podemos falar de educação sem lembrar que uma quantidade imensa de crianças fica rotineiramente sem aulas em função da violência na cidade, que fecha as escolas”.

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, disse que o país vive um contexto difícil, em que a educação, os direitos humanos e sociais estão sob risco, em função da insegurança e da violência. “Mais do que nunca precisamos reafirmar nossos valores e compromissos com uma sociedade mais justa”. Ela recordou também que o Educare é uma consequência natural da Política de Acesso Aberto que a Fiocruz mantém desde 2014. O diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Rodrigo Murtinho, disse que a produção do conhecimento e a divulgação dele não podem mais ficar indiferentes ao uso de plataformas que permitam atingir um número maior de interessados. Ele também lamentou a morte da menina Ágatha.

A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, ressaltou as parcerias e o trabalho em rede com a Opas, a Bireme e a UNA-SUS no desenvolvimento do Educare – os recursos e funções da plataforma foram apresentados em um vídeo que detalhou todo o processo de elaboração. “Desde a promulgação da Constituição de 1988 a educação é considerada um direito social fundamental, que se mantém na Agenda 2030, que tem merecido destaque em nossas iniciativas institucionais”, afirmou Ana. Ela comentou que o Campus Virtual Fiocruz, que conta atualmente com 70 mil alunos, completou três anos no mesmo dia de lançamento do Educare, e também colabora com a ampliação do acesso à educação com os cursos livres e on-line.

“A plataforma foi desenvolvida em formato aberto, para ser usada por qualquer instituição. Ela também pode ser acessada via aplicativo e mensalmente vamos inserir novas ferramentas, para construção de recursos, que precisam de testes e treinamento com docentes”. Segundo a coordenadora, existe uma Curadoria para o acervo, e um Conselho Consultor será formado para validar e avaliar os conteúdos do Educare. Ana disse que “educare” é uma palavra em latim que significa “educar, instruir” e também “criar”. A ideia é que a educação possa levar um novo olhar para o mundo, “um conhecimento de dentro para fora, mostrar o que mais existe além dela”. Ana leu uma frase do escritor angolano José Eduardo Agualusa: “Nós vivemos um tempo estranho em que as pessoas se gabam de construir muros, de pessoas que se orgulham em construir barreiras, e os livros fazem o contrário. Eles constroem pontes”. Ela encerrou ressaltando que a Fiocruz faz ciência e saúde para todos e reforça com a educação aberta. 

Após as intervenções dos participantes da mesa que abriu o evento, o pesquisador Tel Amiel, da Universidade de Brasília (UnB), fez a palestra de abertura. Coordenador do curso de Pedagogia a Distância e da Cátedra Unesco em Educação a Distância, ele abordou a importância da educação aberta e dos REA no contexto atual. Amiel iniciou sua apresentação contando o caso da reprodução em massa da imagem de Santa Fabíola, que viveu no século IV e no século XIX virou febre entre os cristãos de todo o mundo, com seu véu vermelho em um quadro pintado pelo francês Jean-Jacques Henner. O artista belga Francis Alÿs reuniu uma coleção de mais de 400 quadros da santa, que fundou o primeiro hospital público católico em Roma e dedicou a vida a ajudar os pobres e necessitados. Impressionado com as réplicas do quadro de Henner – a pintura original desapareceu – Alÿs descobriu que existem mais diferenças do que semelhanças entre os retratos e ficou impactado com a perda da aura de obras artísticas na era da reprodutibilidade total de qualquer obra, artística ou não*.

Amiel seguiu discorrendo sobre a obra Fuga em ré menor, de Bach, reinterpretada pela cantora Nina Simone no século 20, abordou o serviço de streaming de música Napster, que quebrou a lógica da indústria fonográfica, e focou na questão dos direitos autorais, algo quase impossível de ser regulado em tempos de internet, em que tudo é reproduzido em escala gigantesca e inumeráveis vezes mundo afora. Ele disse que a educação aberta é um projeto de 150 anos e que tem como grande vantagem, sobretudo nos dias de hoje, facilitar o acesso ao conhecimento. “A educação aberta tem que ser para todos, inclusiva, acessível, equitativa, de qualidade e progressista”, definiu Amiel, que citou ainda os principais marcos internacionais sobre o tema, desde a Declaração da Cidade do Cabo, em 2007, à recomendação da Assembleia Geral da ONU de 2019. De acordo com o pesquisador, a produção colaborativa facilitada pelos REA, que é participativa e igualitária, valoriza a educação pública, abre novos modelos de negócios, quebra oligopólios e permite uma mudança radical no processo de produção. “Temos milhões de recursos digitais, legalmente abertos e tecnicamente editáveis. Com muitos designers em potencial e numerosas versões possíveis. Se dá pra sonhar, dá pra fazer”, concluiu Amiel.

À tarde foram apresentados os produtos que resultaram dos editais de Recursos Comunicacionais e Educacionais Abertos da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação e foi realizada uma roda de conversa aberta com os criadores dos conteúdos educacionais. São cursos, e-books, jogos, videoaulas e muito mais: 24 produtos de diferentes unidades da Fiocruz. Para serem selecionados, os recursos deveriam desenvolver habilidades e competências específicas, recorrendo a um conjunto de mídias compatíveis com a proposta e com o contexto socioeconômico de determinado público-alvo.

Conheça já a plataforma Educare: visite educare.fiocruz.br e assista ao vídeo de apresentação!

 

*Atualizado em 25/9/2019.

Publicado em 04/09/2019

Educare: plataforma da Fiocruz para recursos educacionais abertos será lançada no dia 23/9

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)*

Prepare-se para transformar suas ideias em ensino e aprendizagem: no dia 23 de setembro, será lançada um novo espaço para a educação aberta na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — é o Educare! Muito mais do que um repositório, trata-se de um ecossistema digital, que oferece diversas soluções para armazenar, disponibilizar e garantir o acesso de recursos educacionais abertos (REA) a toda a sociedade. Desenvolvido pela equipe do Campus Virtual Fiocruz, o Educare contou com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O lançamento será na Tenda da Ciência Virgínia Schall, a partir das 9h, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O pesquisador Tel Amiel, da Universidade de Brasília (UnB), fará a palestra de abertura do evento. Coordenador do curso de Pedagogia a Distância e da Cátedra Unesco em Educação a Distância, ele falará sobre a importância da educação aberta e dos REA no contexto atual. Na ocasião, também serão apresentados os produtos que resultaram dos editais de Recursos Comunicacionais e Educacionais Abertos, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). *Haverá transmissão ao vivo do evento: acompanhe e participe acessando este link.

Um ecossistema digital para promover a cultura da educação aberta 

O lançamento da plataforma faz parte de uma série de iniciativas estratégicas da Fiocruz, alinhadas à suas políticas, em especial a de Acesso Aberto ao Conhecimento. Compreendendo o conhecimento como um direito do cidadão, a instituição tem atuado na implementação de ações que assegurem o acesso aberto à sua produção científica, cursos, recursos educacionais e comunicacionais, a fim de promover a educação aberta.

A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz (CVF), Ana Furniel, destaca o caráter inovador da plataforma educacional, que se utiliza da tecnologia para impulsionar o desenvolvimento. "A Fiocruz é uma instituição comprometida com desenvolvimento humano e sustentável, sempre atuando para eliminar barreiras para que todos participem da sociedade do conhecimento. Neste sentido, assumimos a tarefa de integrar recursos educacionais abertos, num único ambiente, de modo a contemplar todo o ciclo de desenvolvimento e acompanhamento dos objetos digitais. Com isso, os recursos se tornam muito mais acessíveis e podem ser amplamente utilizados e reutilizados em vários contextos educacionais".

Ana comenta, ainda, que um dos principais objetivos do CVF é estimular e desenvolver serviços, produtos e aplicações educacionais. "O Educare vem ampliar o acesso aos recursos educacionais desenvolvidos na Fiocruz, incentivando também o desenvolvimento de novos recursos. Além disso, para garantir a qualidade desse material, os objetos são rastreáveis. Assim, podemos acompanhar de que forma são utilizados, o que possibilita a avaliação e a gestão dos REA".

Rosane Mendes, que é coordenadora adjunta e responsável pelo desenvolvimento do Educare, completa: "Nosso principal desafio foi ampliar o potencial dos REA. Para isso, além de armazenar e dar acesso aos objetos digitais, incentivamos o papel dos criadores de conteúdo, a colaboração e a interação entre eles. Por isso, chamamos de ecossistema educacional digital: é um espaço de descoberta e de compartilhamento. As redes alimentam e se fortalecem, e todos se beneficiam”. É a #fiocruzpelaeducaçãoaberta!

Descubra, crie, compartilhe: confira os principais benefícios do Educare!

  • Integração: é um ambiente com ferramentas para o desenvolvimento, o compartilhamento e a reutilização de REA.
  • Abertura: é possível acessar, criar e promover o uso aberto de recursos educacionais.
  • Comunicação: incentiva a comunicação entre os autores e seus pares.
  • Colaboração: estimula a cooperação nas atividades de revisão, edição e atualização do conteúdo.
  • Avaliação: permite medir e avaliar o acesso, o alcance, a utilização e a reutilização dos recursos.
  • Qualidade: garante a qualidade de REA, ampliando o uso de ferramentas colaborativas.
  • Usabilidade: interface amigável para visualização dos recursos (vídeos, HTMLs, textos etc.).
  • Interoperabilidade: adoção de padrões para interoperar com Arca, Ares, Moodle etc.

*Atualizada em 18/9/2019.

Publicado em 07/07/2021

Encontros Virtuais da Educação – edição 2020

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

O ano de 2020 ficou marcado pelo início da pandemia de Covid-19. Entretanto, em meio a essa grande crise sanitária mundial, surgiram também novas formas e ideias de nos mantermos próximos e conectados, apesar de estarmos socialmente distantes. A série “Encontros Virtuais da Educação”, organizada pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), nasceu da necessidade urgente de divulgar e promover as diversas ferramentas e possibilidades de interação entre a comunidade acadêmica, alunos e gestores da Fundação, especialmente voltadas para a continuidade das atividades educacionais durante a pandemia de Covid-19.  

Ao todo, dez encontros foram realizados no âmbito dessa iniciativa, que rendeu grandes debates e trouxe muito conhecimento para a comunidade Fiocruz e outros interessados no tema. Os vídeos dos Encontros estão disponíveis para acesso no canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube, organizados em uma playlist.

Confira os temas debatidos e acesse:

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