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Trata-se de uma demanda apresentada pelo Sindsaúde Goiás, em razão da precariedade das condições de trabalho e do aumento exponencial dos riscos ocupacionais no trabalho em saúde no contexto da pandemia de Covid-19. Tais situações vem sendo objeto de ações do sindicato e da intervenção do Ministério Público do Trabalho de Goiás, que determinou a conversão de uma multa por descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) em atividades formativas para os trabalhadores (as). É notória a falta generalizada de equipamentos de Proteção Individual (EPI) básicos como luvas, aventais e máscaras, jornadas de trabalho extenuantes, equipamentos e instalações precárias, reduzido quadro de funcionários, falta de medicamentos e insumos, contratos precários de trabalho, o confronto diário com a morte e com o sofrimento humano e outros problemas que contribuem para aprofundar a insalubridade e a penosidade do trabalho na área da saúde. Soma-se às dificuldades, a fragilidade dos sistemas de proteção à saúde dos trabalhadores (as), em especial no setor público da saúde, onde contraditoriamente há uma formulação robusta de diretrizes, que carecem de desdobramentos efetivas na gestão do trabalho. Dentre essas diretrizes, vale destacar a Vigilância em Saúde do Trabalhador, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do SUS e as Políticas de Qualificação Permanente. Um dos resultados esperados com o curso é contribuir para superar essas lacunas, favorecendo a implementação de programas de intervenção nas situações de riscos e agravos à saúde a partir dos locais de trabalho, a formulação de diretrizes para programas de qualificação permanente e para a negociação coletiva de condições de trabalho, por meio da Mesa de Negociação Permanente do SUS.