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O Serviço de Nutrição do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/FIOCRUZ), tem como missão “realizar assistência nutricional especializada a pacientes internados e ambulatoriais com doenças infecciosas, assim como desenvolver atividades de ensino e pesquisa”, e alinhado a missão institucional do INI/FIOCRUZ pretende “Contribuir para a melhoria das condições de saúde da população brasileira, através de ações integradas de pesquisa clínica, desenvolvimento tecnológico, ensino e assistência de referência na área de doenças infecciosas”. Para isso organiza a cada 2 anos, desde 2008, o Seminário de Nutrição em Infectologia trazendo os temas mais atuais da Nutrição Clínica e terapia nutricional aplicado a infectologia como pauta de discussão. Para o evento deste ano (2019), planejamos abordar o papel da nutrição na resposta imunológica e metabólica de pacientes com doenças infecciosas (Raqib e Cravioto 2009; De Santis et al. 2015; Peng, Li, e Peng 2015; Christopher 2018). A opção por enfatizar em estudos do imunometabolismo, interação complexa entre reprogramação metabólica e imunidade, se baseia na viabilização de uma dimensão extra para a compreensão do sistema imunológico na saúde e na doença (Gokhan S. Hotamisligil, 2017), uma vez que a influência do perfil metabólico ativado nas células do hospedeiro tem sido cada vez mais evidenciada com um promotor de diferenças no curso de infecções (Tarancon-Diez, L, et al, 2019; Shi, L., et al, 2016; ). Prognósticos mais graves estão também relacionados com alterações metabólicas prévias como a obesidade, dislipidemia e diabetes (Badawi, A. Et al., 2018), que provavelmente decorrem por alterações nas funções das células do sistema imune por vias metabólicas intracelulares. O conhecimento que está surgindo corrobora a visão de que o metabolismo regula a função das células imunes e assim, pode fornecer, novas oportunidades terapêuticas para as doenças associadas à respostas do sistema imunológico, como é o caso das doenças infecciosas. Abordagens de nutrigenômica, metabolômica e microbioma fomentam o conhecimento do imunometabolismo. Desta forma, o papel do nutricionista na área clinica deve ser ampliado de forma a promover sua pratica com base nas evidencias científicas mais modernas, englobando no programa alimentar do sujeito a valorização de sua história genética, de seu microbioma e ainda da influência que seu estilo de vida promoveu na realidade e contexto de adoecimento