Professor Emérito - Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva

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Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva

O médico, pesquisador e professor emérito da Fiocruz, Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva é internacionalmente reconhecido pela criação da paleoparasitologia, ciência que estuda a presença de parasitos em animais extintos e múmias pré-colombianas. Pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) e ex-presidente da Fundação (1990), é profundamente dedicado à ciência e à paleoparasitologia.

O pesquisador desenvolve suas atividades no Departamento de Ciências Biológicas (Ensp/Fiocruz), criado por ele na década de 1960. É importante incentivador da formação de recursos humanos para a saúde nos diferentes níveis escolares, aparecendo também como referência mundial nas pesquisas paleoparasitológicas. Luiz Fernando é o principal responsável pelo aperfeiçoamento de grupos de pesquisadores nacionais e estrangeiros nesta área. 

No documentário Fé Eterna na Ciência, dirigido por Stella Penido, ele fala sobre os cientistas que o inspiraram a seguir carreira nesta área, cita Adolpho Lutz, que desenvolveu importantes trabalhos como médico e pesquisador no campo da zoologia no Brasil. “Meu ídolo... É essa gente de Manguinhos, especialmente o dr. Adolpho Lutz. As histórias do dr. Lutz, eu repetia, contava; foi uma coisa que me marcou. Eu tenho uma admiração até hoje pelo dr. Lutz. Agora o mestre que me ensinou foi José Rodrigues da Silva, catedrático na época em doenças tropicais. Doença tropical mexia com laboratório, mexia com clínica também”, explicou.

Também no documentário, ele afirma que ciência e religião são compatíveis. “É muito confortável também você pensar que depois de morto vai para o céu, do que pensar que tudo acaba. A ciência responde como, e a fé, a religião, explica o porquê!”.

Trajetória

Luiz Fernando Ferreira nasceu no Rio de Janeiro em 23 de setembro de 1936. Formou-se em medicina pela Faculdade Nacional da Universidade do Brasil, onde concluiu, em 1962, o doutorado. Em 1966, ingressou como professor-titular da disciplina de parasitologia na recém-criada Fundação Escola de Saúde Pública. Em 1978, criou a paleoparasitologia motivado pelo questionamento em torno da autoctonicidade da esquistossomose mansônica no Brasil. Isso foi possível graças à investigação do parasito em fezes humanas preservadas (coprólitos) originadas de diversos sítios arqueológicos brasileiros.

Em 2012, o pesquisador ganhou o Prêmio Jabuti na categoria Ciências Naturais com o livro Fundamentos da paleoparasitologia, organizado em parceria com o também pesquisador da Ensp Adauto José Araújo e Karl Jan Reinhard, da Universidade de Nebraska. Este livro foi lançado pela Editora Fiocruz em comemoração aos 111 anos da Fundação.

Fonte: Haendel Gomes (Agência Fiocruz de Notícias)

Publicado em 01/12/2017