O jogo Hiji Sushi foi o vencedor da categoria de jogos digitais do Concurso Rebeldias, promovido pela Rede Brasileira de Estudos Lúdicos (Rebel). Idealizado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e desenvolvido no âmbito do edital de Recursos Comunicacionais (jogos e aplicativos móveis) - uma iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação - o jogo busca, de forma lúdica, promover a conscientização sobre a importância da lavagem das mãos e a forma correta de executar o procedimento, medida fundamental para prevenir a transmissão de doenças, especialmente nestes tempos de pandemia mundial.
Acesse o jogo online no site o IOC/Fiocruz ou faça o download gratuito do material na Plataforma Educare - o ecossistema digital da Fiocruz que reúne centenas de Recursos Educacionais Abertos (REA)
A higienização adequada inclui, além do uso de água e sabão, uma série de movimentos que tem por objetivo cobrir todas as partes das mãos. O jogo Hiji Sushi é voltado especialmente para profissionais da saúde e profissionais que trabalham com a manipulação de alimentos, como os sushimans, por exemplo, mas é livre e pode ser acessado por todos os interessados no tema.
O desafio trazido pelo jogo se desenvolve no cenário de um restaurante de culinária japonesa, onde o jogador deve preparar refeições com rapidez, sem se descuidar de lavar as mão frequentemente e de maneira completa.
O resultado da premiação foi anunciado durante a 8° edição do Fórum Acadêmico de Estudos Lúdicos (Fael 8), em outubro de 2021. O projeto foi desenvolvido pelos pesquisadores Tânia Zaverucha do Valle, do Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia, e Gabriel Limaverde Sousa, do Laboratório de Esquistossomose Experimental, em parceria com Thiago Santos Magalhães, responsável pelo design e programação. A iniciativa contou ainda com a colaboração de Rafael Augusto Ribeiro e Beatriz de Lima Furtado, responsáveis pela arte.
*com informações de Isabela Schincariol
Aberta a chamada interna para concessão de auxílio para pagamento de serviço de revisão técnica de artigo em periódico científico. A seleção - Chamada Interna nº 06/2021 - é realizada pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio da Coordenação-Geral de Educação, visando o aprimoramento da qualidade da produção acadêmica vinculada à pós-graduação. O auxílio será concedido para artigos de autoria conjunta de discentes e docentes permanentes dos Programas de Pós-graduação inseridos no Programa PrInt Fiocruz-Capes. O pagamento contemplará apenas publicações em periódicos científicos que atendam à política de acesso aberto ao conhecimento da Fiocruz. A seleção acontecerá até 29 de outubro.
Vale ressaltar que somente serão financiadas nesta chamada solicitações para serviços técnicos com empresa especializada, visando à revisão técnica/edição do manuscrito nas fases de versão em outro idioma. Além disso, serão custeadas somente serviços para submissão em revista científica com avaliação igual ou superior a Qualis B1 na área da Capes em que o Programa de Pós-graduação estiver inserido e cujos resultados da pesquisa estejam vinculados a uma ou mais Redes do Programa PrInt Fiocruz-Capes (Ricei, Ricroni e Rides).
Os resultados apresentados nos artigos para apoio à publicação deverão ser publicados em inglês em revistas internacionais ou nacionais. No caso de periódicos científicos nacionais, somente serão aceitas publicações nas quais haja pelo menos um coautor afiliado à instituição no exterior. Somente serão aceitos artigos publicados em coautoria de discentes e docentes de PPG vinculado ao Programa PrInt Fiocruz-Capes. O primeiro autor ou o autor correspondente do artigo deve ser docente permanente e servidor da Fiocruz, podendo o discente (ativo ou egresso há no máximo cinco anos) ocupar qualquer posição de autoria.
A Chamada terá fluxo contínuo até 29 de outubro de 2021 ou até o término dos recursos financeiros disponibilizados para tal, que estão sujeitos a alterações ao longo do ano.
*Imagem: Freepik
A Fiocruz acaba de lançar uma nova versão, atualizada e ampliada, do documento que publicou em março sobre um conjunto de orientações e recomendações a respeito das atividades escolares em um cenário que ainda é de pandemia. Com o título "Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19", o material é baseado em evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais, sobre o retorno às atividades escolares. Esta nova edição traz como elementos questões como a vacinação de crianças e adolescentes, a transmissão aérea da Covid-19, os possíveis riscos em ambientes fechados e como enfrentá-los, entre outros temas.
Acesse aqui o documento: Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19
O documento foi desenvolvido por um grupo de trabalho que é coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps/Fiocruz) e conta com a participação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSVJ), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).
Vacinação para adolescentes está entre os novos apontamentos
O documento da Fiocruz aponta que a vacinação de jovens de 12 a 18 anos pode significar um retorno mais rápido à prática de esportes e outras atividades e a uma socialização mais completa, incluindo o fortalecimento das relações intergeracionais na família e na comunidade. A implementação da vacinação para adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem. O documento, tendo como base estudos internacionais, lembra que a vacinação de adolescentes em situação de vulnerabilidade clínica ou necessidade educacional especial pode ajudar a garantir a segurança e a oportunidade de acesso à escola e à educação.
“O risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um problema maior do que o da própria Sars-CoV-2 para eles. Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e, em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras, propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”, comenta a coordenadora do grupo de trabalho (GT) da Fiocruz e assessora da Vpaaps, Patrícia Canto.
Prioridade para medidas protetivas
O GT Fiocruz ressalta que em um cenário de alta transmissão comunitária do Sars-CoV-2, ainda com uma cobertura vacinal completa (esquema de duas doses ou uma dose para vacina de dose única) inferior a 30% da população, no Brasil o funcionamento das escolas com atividades presenciais precisa estar associado à manutenção das medidas não farmacológicas de controle da transmissão. O documento informa que os protocolos para o retorno seguro passaram a considerar, sobretudo nos ambientes escolares, a seguinte composição de prioridade para as medidas protetivas: adaptação para ventilação e melhoria da qualidade do ar dos ambientes; uso de máscaras com comprovada eficácia; definição de estratégia para rastreamento e monitoramento de casos e contatos na escola, além de medidas para suspensão de atividades presenciais; manutenção do distanciamento físico de, pelo menos, 1,5 metro; assim como orientações sobre higienização contínua das mãos.
Além disso, a publicação avalia que escolas podem fechar, na dependência de transmissão elevada ou aumento de casos, e devem atender a todas as medidas indicadas pelas autoridades sanitárias que garantam a maior segurança nas atividades presenciais. A decisão sobre o melhor momento para a reabertura deve seguir as orientações dos indicadores epidemiológicos, sem que se esqueça dos grandes malefícios do afastamento prolongado das atividades presenciais na saúde de crianças, jovens e adultos, bem como dos prejuízos para a educação e a formação de toda uma geração. Para a maior segurança de toda comunidade escolar, as pessoas com sintomas respiratórios não devem sair de suas casas, exceto para procurar serviços de saúde, devem evitar utilizar transportes públicos e não devem frequentar aulas ou o local de trabalho.
Plano de retorno às atividades presenciais deve ser aprovado após ampla discussão com comunidade escolar e continuamente atualizado
O GT responsável pela publicação deixa claro, no entanto, que o plano de retorno às atividades presenciais de ensino deve ser aprovado após ampla discussão com a comunidade escolar e continuamente atualizado. E que é importante o envolvimento dos alunos, crianças, adolescentes ou adultos, na tomada de decisões. O documento traz ainda indicações para medidas de suspensão de atividades presenciais mediante o rastreamento de casos e contatos nas escolas. E aborda a ventilação e outros parâmetros que influenciam o risco de infecção aérea da Covid-19.
O Grupo valoriza a ampliação do acesso da vacinação dos educadores, aliada a estratégias de monitoramento e vigilância permanente, para a melhor gestão do plano a ser estabelecido pela comunidade escolar. “Temos como expectativa que as autoridades sanitárias consigam apoiar a produção de informações sobre esse monitoramento epidemiológico, com vistas a ampliar a análise dos dados das bases oficiais. É importante ressaltar que esta edição é a nossa terceira atualização do documento original e mais uma vez reforça a necessidade do uso de máscaras, da higiene das mãos e do distanciamento social como medidas indispensáveis ao controle da pandemia, associadas à progressão da vacinação”, ressalta Patrícia. Segundo ela, o aprendizado sobre a pandemia é diário e tem sido apresentado em grande velocidade, por isso o documento precisa ser entendido no contexto na data de elaboração e estará sujeito a revisões e atualizações sempre que necessárias.
O GT Fiocruz
O documento foi produzido pelo GT da Fiocruz que se dedica ao tema há mais de um ano, com o intuito de pesquisar, discutir e trocar experiências com outras iniciativas da sociedade. A publicação apresenta aspectos de análises epidemiológicas, informações clínicas sobre o adoecimento e transmissibilidade, testes, vacinação, ventilação entre outros. Para o GT, o objetivo central do documento é reafirmar a valorização da proteção da comunidade escolar, para evitar a disseminação do Sars-CoV-2 em um contexto de retomada das atividades presenciais nas escolas. Desde o primeiro documento (de setembro de 2020), o grupo vem destacando a importância da escola como promotora da saúde por meio de recomendações que contribuam para a segurança do retorno e a manutenção das atividades planejadas, com a máxima redução de riscos possível.
O grupo é coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps/Fiocruz) e conta com a participação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSVJ), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).
Publicação : 19/08/2021
Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu, Especialização Lato Sensu e Cursos de Qualificação da Fundação Oswaldo Cruz, de maio de 2021
Este documento apresenta à comunidade Fiocruz os regimentos de Pós-graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado), Especialização Lato Sensu e cursos de Qualificação. A revisão dos dois primeiros regimentos e a elaboração da primeira versão do Regimento de qualificação resultaram de diversos debates no período de 2018 a 2020, sob condução da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz).
Tal processo envolveu a conformação de três grupos de trabalho integrados por profissionais de diversos setores e perfis, atuantes na gestão educacional, bem como sucessivas rodadas de apreciação de propostas pelas instâncias colegiadas da Educação.
Os regimentos, na versão final, foram analisados pela Câmara Técnica de Educação em 2020 e aprovados pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz em 27 de maio de 2021.
O regimento do Stricto sensu foi atualizado em 03/05/2022.
Na quarta-feira, 14 de julho, às 9h30, será realizada a primeira edição aberta do Encontros Virtuais da Educação com o tema Ações afirmativas e povos indígenas: avanços e desafios. A iniciativa, nascida em 2020 no âmbito da pandemia de Covid-19, é organizada pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic) e busca trazer ao debate diferentes temas pertinentes à educação, bem como suas potencialidades.
O encontro terá palestras de Luiza Garnelo, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Gersem Baniwa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Joziléia Kaingang, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e integrante do Projeto "Vozes Indígenas na Produção do Conhecimento", ligado à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). A moderadora do debate será Ana Lúcia Pontes, que é pesquisadora da Ensp e coordenadora do GT de Saúde Indígena da Abrasco.
Ações afirmativas e povos indígenas
A coordenadora Adjunta do Lato sensu na Coordenação-Geral de Educação (CGE/Vpeic) e uma das responsáveis pela condução da normatização das ações afirmativas nos cursos e programas de pós-graduação da Fiocruz, Isabella Delgado, destacou que uma nova portaria de regulamentação dessas ações no stricto e lato sensu foi pauta da Câmara Técnica de Educação, está em desenvolvimento – com base em um processo amplo e coletivo, e com a participação dos diversos coletivos e comissões representantes desses grupos – e será lançada em breve pela Fiocruz.
A moderadora do encontro, Ana Lúcia Pontes, explicou que o debate tem a intenção de compartilhar com a comunidade Fiocruz o que são as experiências e trajetórias indígenas na educação escolar em nível superior, trazendo especificidades e particularidades que apresentam direta relação com o contexto histórico, sociocultural e linguístico dos povos indígenas.
“O debate e, sobretudo, o fortalecimento das iniciativas da Fiocruz no âmbito das ações afirmativas voltadas a esses povos faz completo sentido, visto a trajetória institucional, desde a década de 1980, de apoio técnico, político e cientifico nas questões relativas às políticas de saúde dessas populações. Esperamos poder debater ainda pontos relativos à inclusão e permanência dos indígenas na pós-graduação da Fiocruz, bem como questões próprias do processo de produção do conhecimento, objetos e temas de pesquisa, e a experiência indígena na universidade e na academia”, disse Ana Lúcia.
Para ela, é importante que a comunidade Fiocruz conheça como, no contexto atual, a academia e a educação escolar tornam-se ferramentas de luta dos povos indígenas por seus direitos e também na sua incidência e contribuição com a sociedade brasileira nos diversos âmbitos.
Relembre os Encontros realizados em 2020
Durante o ano de 2020 foram realizados dez Encontros Virtuais da Educação. Todos estão disponíveis no canal do Campus Virtuais Fiocruz no Youtube. Neste ano de 2021, dois encontros já foram realizados – Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação (PDIE) e as especializações: implementação e acompanhamento; e Egressos das especializações: o que aprendemos com eles? –, porém, por terem temática estritamente institucional, ambos foram fechados a convidados.
Novos encontros já estão sendo pensados e as questões a serem debatidas surgem a partir de demandas próprias do “fazer educação na Fiocruz” e serão divulgados em breve.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou que os Encontros são momentos ricos de troca de ideias e de experiências entre docentes, trabalhadores e estudantes de diferentes unidades. Segundo Cristiani, eles têm favorecido a construção coletiva de propostas que permitam avanços nas práticas educacionais e nas estratégias de expansão do acesso, inclusão e redução das desigualdades na Educação.
“Em 2020, no cenário da pandemia, os encontros realizados foram importantes para manter a interação entre pessoas envolvidas com a educação nas diferentes unidades, permitir a adaptação aos desafios relacionados à educação remota, incentivar o uso de novas metodologias e recursos educacionais, como os audiovisuais, e também as ações de comunicação e divulgação científica. Em 2021, a agenda está voltada para aprofundar outros temas prioritários, cujo objetivo é efetivar compromissos institucionais da Fiocruz, incluindo a promoção da equidade.”
Acesse aqui a lista completa dos Encontros Virtuais da Educação 2020
Acesse aqui a primeira edição aberta do Encontros Virtuais da Educação com o tema Ações afirmativas e povos indígenas: avanços e desafios, marcada para o dia 14 de julho, às 9h30.
*matéria publicada em 8/7 eatualizada em 13/7
Em meio a tantas mudanças repentinas e decisões urgentes, a Fiocruz lançou o Programa de Inclusão Digital (PIDig), oferecendo aos seus alunos – pós-graduação stricto sensu, lato sensu, cursos da educação básica e da educação profissional em saúde matriculados regularmente em formações presenciais – o empréstimo de SIM CARD e tablets para viabilizar a continuidade das atividades educacionais no contexto da pandemia de Covid-19. A iniciativa, que busca minimizar as desigualdades, democratizar e ampliar as condições de permanência dos estudantes em seus cursos, foi concretizada em novembro e dezembro de 2020, com cerca de 900 discentes contemplados nas diferentes unidades da Fundação.
Isabella Delgado, coordenadora do Lato sensu da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), contou que desde junho a equipe vem trabalhando no desenho desse Programa. “Traçamos estimativas sobre o número de alunos elegíveis por meio de pesquisas realizadas junto às unidades e à Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG). Essa foi uma etapa importante, pois nos deu subsídios para iniciar a organização do edital e o rito do processo de licitação”, detalhou ela.
Isabella ressaltou que o edital foi construído com a participação de gestores do campo da educação das unidades e apreciado pela Câmara Técnica de Educação (CTE) da Fiocruz, realizada em 29/7. Além disso, a chamada foi desenhada em consonância com as Orientações para a Educação Remota Emergencial da Fundação. Mais recentemente, por meio de consulta realizada pela Vpeic a todos os programas e cursos da Fiocruz, contou ela, “constatamos que o PIDig foi considerado uma iniciativa de grande relevância pelos coordenadores”.
O PIDig como alternativa de participação e realização das atividades acadêmicas
Para além de pareceres formais, a experiência da aluna do mestrado profissional em Educação Profissional em Saúde, ligado à Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Verônica Alexandrino, evidenciou a relevância da iniciativa. Para ela, a educação remota emergencial foi uma ótima alternativa para a continuidade dos estudos, pois sua turma teve apenas uma semana de aulas presenciais em 2020.
“Desde abril, como representante discente, precisei participar de muitas reuniões remotas, cada uma através de uma plataforma distinta. Com isso, a todo tempo, eu precisava desinstalar uma para baixar outra, pois meu aparelho smartphone não suportava os aplicativos. Além disso, a tela pequena do celular atrapalhava o acompanhamento das aulas, principalmente pela dificuldade de leitura do material exposto. Já o tablet é excelente e atende nossas necessidades para participação e realização das atividades acadêmicas. Além disso, o chip me auxiliou a acompanhar as atividades fora da minha residência, pois sou profissional de saúde e onde trabalho não estão disponíveis esses recursos tecnológicos”, detalhou Verônica.
Estrutura mais adequada e coerente aos estudantes
A coordenadora geral do Ensino Técnico da EPSJV – unidade que, junto com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) concentram o maior número de alunos contemplados no PIDig –, Ingrid D’avilla, falou sobre os desafios de planejar a educação politécnica remota e emergencial buscando, para esse período de exceção, estratégias pertinentes e adequadas diante do projeto político pedagógico e da realidade dos estudantes e professores. Segundo ela, a chegada dos tablets possibilitou viabilizar as práticas curriculares com uma estrutura mais apropriada e coerente com a ideia de que os estudantes precisam de equipamentos e acesso à internet para cumprir as atividades em seus domicílios.
O Programa insere-se em um conjunto de iniciativas da Fundação que vem sendo construídas pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) em parceria com as unidades e os representantes discentes por meio da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG). Além da Vpeic, a implementação do novo edital mobilizou a equipe da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI), com destaque para as áreas de compras e a Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologia de Informação (Cogetic), visto que a iniciativa envolveu a contratação de plano de dados e/ou de equipamentos para estudantes que preencheram critérios de elegibilidade.
Na próxima segunda-feira, 3/8, a Fiocruz publicará o edital do Programa de Inclusão Digital (PIDig) voltado aos alunos da pós-graduação stricto sensu, lato sensu, cursos da educação básica e da educação profissional em saúde matriculados regularmente em formações presenciais. O objetivo desta chamada é viabilizar a continuidade das atividades educacionais no contexto da pandemia de Covid-19, buscando a inclusão de todos os alunos. Os estudantes poderão fazer a inscrição por meio do formulário que estará disponível no edital. O prazo é curto em razão do caráter emergencial do Programa. Acompanhe novas informações e a publicação do edital no Campus Virtual Fiocruz.
O Programa insere-se em um conjunto de iniciativas da Fundação que vem sendo construídas pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) em parceria com as unidades e os representantes discentes por meio da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG).
Para se inscrever no edital, os estudantes interessados devem atender a critérios mínimos de elegibilidade, como: renda familiar per capita mensal igual ou inferior a dois salários mínimos; e limites de conectividade e/ou de equipamentos para acompanhar as atividades acadêmicas regulares durante o período de adoção da Educação Remota Emergencial.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, preocupada com o alcance dos alunos, solicita a ampla divulgação da iniciativa entre as unidades e alunos da Fundação. Segundo ela, além da Vpeic e unidades, a implementação do novo edital tem mobilizado também a equipe da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI), com destaque para as áreas de compras e a Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologia de Informação (Cogetic), visto que a iniciativa envolve a contratação de plano de dados e/ou de equipamentos para estudantes que preencham os critérios de elegibilidade.
O texto final do novo edital foi apreciado em reunião extraordinária da Câmara Técnica de Educação da Fiocruz (CTE), ocorrida nesta quarta-feira, 29/7. Ele está em consonância com as Orientações para a Educação Remota Emergencial da Fundação, construídas coletivamente nas diversas instâncias colegiadas do ensino e aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz em 23/7/2020.
*Imagem: Freepik
Representantes da Embaixada da Austrália no Brasil estiveram na Fiocruz, na quinta-feira (23/5), juntamente com a Comissária do país para Discriminação Sexual, Kate Jankins, e a geneticista da Universidade de La Trobe, Jenny Graves, para debater com pesquisadores da instituição pesquisas na área de genética e incentivo às meninas e mulheres nas ciências. As reuniões têm por objetivo fortalecer os laços entre os dois países e buscar pontos para futuras parcerias. No início do mês, o embaixador australiano esteve na Fiocruz para iniciar as conversas sobre esse tema.
A primeira reunião, entre Jenny Graves e pesquisadores da área de genética, aconteceu na Residência Oficial do campus de Manguinhos. Graves, que é membro da Academia Australiana de Ciências e trabalha com genética há mais de 30 anos, apresentou sua trajetória de pesquisa e alguns dos principais projetos em andamento na Austrália e no mundo sobre o tema.
A cientista pesquisa a evolução do cromossomo sexual. Para isso, Graves trabalhou com o mapeamento genético de diferentes espécies que evolutivamente estão mais distantes dos humanos. Seu trabalho inclui o mapeamento do genoma de elefantes, pássaros, lagartos e mamíferos típicos da Austrália, como os coalas, ornitorrincos e marsupiais, como o canguru e o demônio da tasmânia.
As evoluções das pesquisas e da tecnologia no campo da genética permitiram o sequenciamento inclusive de animais já extintos, como o Tigre da Tasmânia, que foi sequenciado em 2019 apesar de estar extinto desde 1936, e pesquisas sobre a saúde da vida selvagem. Um câncer facial transmissível foi descoberto em demônios da tasmânia graças a estudos genéticos. A descoberta permitiu salvar a espécie da extinção, através do isolamento de indivíduos saudáveis.
Outros projetos de projeção internacional apresentados pela acadêmica australiana incluem o Arc Center of Excellence for Kangaroo Genomics (KanGO), projeto de diversas instituições australianas sobre o genoma dos cangurus; Genome Alliance in Australasia (Gaia), um consórcio que deve ser lançado em julho de 2019, The Genome 10k project, consórcio internacional de cientistas que busca sequenciar o genoma de dez mil vertebrados; e The Earth BioGenome Project, que tem como objetivo sequenciar e catalogar cerca 1,5 milhão de espécies eucariontes em 10 anos.
Os pesquisadores brasileiros presente apresentaram suas pesquisas em genética associadas a campos como doenças raras, povos indígenas, diabetes, doenças neurodegenerativas, vigilância sanitária molecular de mosquitos e doença de Chagas.
Estiveram presentes os cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Verônica Zembrzuski, Mário Campos Junior, Márcio Pavan, Ana Maria Jansen e Fernando Monteiro; a pesquisadora Sayonara González do Instituto de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); o pesquisador Marcelo Weksler, do Museu Nacional (MN/UFRJ) e a doutoranda Cintia Povill, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A cientista australiana demonstrou grande interesse por todas as pesquisas apresentadas. “Existem grupos na Austrália que seriam parceiros naturais para todas essas pesquisas que ouvi aqui”, afirmou Graves, que se dispôs a buscar meios junto à embaixada e outros organismos para que essa ponte seja concretizada. Um dos possíveis caminhos de financiamento levantados foi o Medical Research Future Fund (MRFF), que financia pesquisas e inovação em saúde.
Em seguida, ainda na Residência Oficial, um grupo de pesquisadoras e gestoras da Fiocruz reuniu-se com a Comissária da Austrália para Discriminação Sexual. Kate Henkins explicou um pouco sobre seu mandato, que tem o papel de supervisionar e coordenar projetos sobre o tema em âmbito federal, tendo os direitos humanos como foco principal. Henkins veio à Fundação conhecer melhor a atuação das mulheres em pesquisa e na gestão e as ações que instituição tem tomado para reduzir as desigualdades de gênero.
“Na Austrália, existe uma grande dificuldade em ver mulheres ingressando na ciência”, afirmou Henkins, que se disse feliz ao ver tantas mulheres nos laboratórios da Fiocruz. Mais cedo, ela havia visitado o Laboratório de DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), chefiado pela pesquisadora Beatriz Grinsztejn.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, apresentou um panorama da presença de mulheres na Fundação. Elas são hoje 57,5% do total de trabalhadores da Fiocruz e 58,5% dos pesquisadores. No entanto, essa proporção cai um pouco quando se tratam de cargos de chefia. Na presidência, as mulheres ocupam 49.3% dos cargos e, apesar da atual presidente ser uma mulher, quatro das cinco vices são ocupadas por homens, assim como a chefia de gabinete e quatro coordenações estratégicas.
Cristiani Machado destacou como marcos em busca da equidade a criação do Comitê de Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, em 2009, a eleição de Nísia Trindade Lima como a primeira mulher a ocupar a presidência da Fundação, em 2017, e o estabelecimento do combate a discriminação de raça e gênero como objetivo estratégico no Congresso Interno da Fiocruz, no mesmo ano.
Em 2019, a celebração, pela primeira vez, do Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências em diversas unidades da instituição e a presença da Diretora Executiva do Fundo de Populações da ONU (UNFPA), Natalia Kanem, na aula inaugural da Fiocruz são outros exemplos da importância que a temática tem tido na Fundação. “As perspectivas de gênero e raça são prioridades para os 120 anos da Fiocruz, que serão celebrados no próximo ano”, afirmou a vice-presidente, que também coordena o Programa Mulheres e Meninas na Ciência.
Participaram da reunião as pesquisadoras Beatriz Grinsztejn (INI/Fiocruz), Marília Sá Carvalho (Esnp/Fiocruz), Maria do Carmo Leal (Esnp/Fiocruz), a assessora da presidência Inês Fernandes, a representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Mayara de Mattos, as representantes do Comitê Mychelle Alves (INCQS/Fiocruz), Andrea da Luz (Cogepe/Fiocruz) e Simone Ribeiro (EPSJV/Fiocruz).
Em suas falas, as pesquisadoras destacaram alguns estudos que têm como foco a saúde das mulheres, como o Nascer no Brasil e o Nascer nas Prisões, conduzidos por Maria do Carmo Leal, e ações afirmativas que tem sido tomadas por unidades e laboratórios, como o incentivo às mães cientistas para levarem seus filhos pequenos a reuniões no Laboratório de DST e Aids.
Mychelle Alves reforçou a importância de considerar a dimensão da raça neste debate. “Por nossa herança escravocrata, ainda temos muita desigualdade racial. O negro ainda está pouco inserido nas ciências e em diversos espaços da sociedade brasileira”, lembrou Mychelle, que também é vice-presidente do Sindicato da Fiocruz (Asfoc-SN). Ela destacou a política de cotas adotada pelo Brasil nos últimos anos como um avanço e ressaltou o papel de liderança que a Fiocruz tem desempenhado em políticas de inclusão. “Apesar de termos muitas mulheres na Fiocruz, essa não é uma realidade na ciência brasileira, que tem apenas 30% de mulheres”, advertiu.
“Existem muitas similaridades entre os dois países, é claro, mas é muito bom conhecer as diferenças e ver como vocês estão lidando com esse tópico”, afirmou a comissária australiana após ouvir os relatos. Henkins defendeu uma aproximação entre a Fundação e a Austrália. “Nossos países têm mais em comum do que pensamos geralmente”, garantiu.
Publicação : 11/07/2022
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em 6 DE ABRIL DE 2022 - Instituiu a portaria de Nº 73, que fala sobre a cota de bolsas de estudo e/ou auxílios escolares da pró-reitoria ou órgão equivalente incumbido dos programas de pós-graduação e altera a Portaria nº 76, de 14 de abril de 2010, a Portaria nº 181, de 18 de dezembro de 2012, e a Portaria nº 149, de 1º de agosto de 2017.
Frente à Portaria nº 73 da Capes, a Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC/Fiocruz) realizou encontros para a formalização da comissão - composta por coordenadores de programa de pós-graduação-PPG, representantes da Associação dos Pós-Graduandos-APG-Rio e da CGE/VPEIC - que ficaram responsáveis pela análise do material encaminhado pela Capes, além da definição dos critérios, bem como as questões estratégias.
Publicação : 31/03/2022
Oswaldo Cruz Foundation (Fiocruz), a Brazilian federal strategic health research institution, is publicizing the Special Call among its researchers and mobilizing the Fiocruz community to submit proposals in collaboration with Canadian researchers.
Also, Fiocruz is committed to providing a supplemental funding of $10 thousand/year (total of $20 thousand) to Fiocruz research groups involved in winning projects, to support eventual travel expenses (to connect Brazilian and Canadian researchers) or/and local fieldwork, according to criteria to be detailed in separate guidelines.
Finally, Fiocruz will release an independent internal Research Call based on the UN Research Roadmap for the COVID-19 Recovery, focusing on some priority areas (budget and criteria are under analysis).
Summary Documents - UN Research Roadmap for the COVID-19 Recovery (in portuguese)
Read more details at: Fiocruz opens Canadian Special Call for research on post-pandemic recovery (article in portuguese)